Aloenxerto meniscal de coelho: avaliações da morfologia, da vascularização e da técnica cirúrgica
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Doutorado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1459 |
Resumo: | O tratamento de escolha para as lesões meniscais é a sutura, que não pode ser realizada em todos os casos, deixando como alternativa a remoção do menisco lesionado, o que ocasiona alterações degenerativas articulares. Uma opção para evitar essas alterações é a substituição do menisco por aloenxertos. Dessa forma, este trabalho teve por objetivos avaliar a viabilidade da técnica cirúrgica de aloenxerto meniscal medial em coelhos, realizar análises macro e microscópica dos aloenxertos e avaliar a vascularização do material enxertado, comparando-os com os meniscos mediais contralaterais, não implantados. Foram utilizados 16 coelhos machos, adultos, da raça Nova Zelândia, que foram submetidos à meniscectomia medial esquerda e implantação de um menisco, previamente preservado em glicerina 98% por no mínimo 45 dias. Após 70 dias do transplante foi realizada a eutanásia dos animais, os meniscos transplantados (joelho esquerdo), chamados de meniscos tratados (MT1 a MT16) e os contralaterais (joelho direito), denominados meniscos próprios (MP1 a MP16), foram removidos. Dezesseis meniscos, sendo 8 tratados e 8 próprios, foram submetidos à análise macroscópica e histomorfométrica, por meio da quantificação dos tipos de fibras colágenas e avaliação de sua disposição, e quantificação dos tipos celulares presentes. Os outros dezesseis meniscos, sendo 8 tratados e 8 próprios, foram submetidos ao estudo da vascularização por meio de radiografias contrastadas. O comprimento dos meniscos próprios (MP) variou de 0,9 a 1,0 cm, enquanto nos meniscos tratados (MT), dois apresentaram tamanho inferior aos próprios. Apenas um menisco transplantado apresentou fixação parcial, estando aderido apenas pelo corno cranial, isto pode ter ocorrido pela ruptura ou absorção precoce do fio de sutura, os demais meniscos apresentaram-se totalmente fixos à membrana sinovial. Nos meniscos próprios (MP) e tratados (MT), foram encontrados percentuais semelhantes de condrócitos, fibroblastos e fibrócitos, com predominância dos condrócitos, nos cornos meniscais. Enquanto os outros tipos celulares estavam presentes principalmente no corpo. Foram observados nos meniscos tratados (MT), feixes de fibras colágenas dispostas de forma organizada no corpo, e de forma desorganizada, principalmente nos cornos. Essa desorganização é resultante do processo de remodelação tecidual e é temporária, conforme foi demonstrado em outros estudos. Já, nos MP, as fibras estavam organizadas em toda a extensão do menisco. As concentrações de colágeno tipo I e III presentes nos MT foram similares às observadas nos MP. Foi visualizada vascularização nos tecidos perimeniscais e borda periférica dos meniscos tratados, sendo semelhantes aos próprios. Portanto, os aloenxertos foram invadidos por vasos do hospedeiro, favorecendo sua fixação. |