Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Scherer, Simone |
Orientador(a): |
Alievi, Marcelo Meller |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/264322
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Resumo: |
A instabilidade articular gerada pela insuficiência do ligamento cruzado cranial é responsável por causar as lesões no menisco medial em cães. Até o momento, o tratamento de escolha é a meniscectomia parcial ou total, dependendo do tipo de lesão. Mas alguns estudos comprovam que alterações importantes ocorrem na biomecânica do joelho, decorrentes destas técnicas em cães. Em humanos há muitos anos são realizados transplantes de meniscos e trabalhos biomecânicos que sugerem que o menisco transplantado, aproxima as pressões de contato dos valores normais, diferentemente das técnicas de meniscectomia total ou parcial. Muitas são as técnicas cirúrgicas descritas na medicina humana, mas atualmente todas priorizam o correto posicionamento das inserções dos ligamentos meniscotibiais, assim como todos os componentes do menisco. O presente estudo tem por objetivo descrever a técnica de transplante alógeno de menisco medial em cadáveres de cães, bem como algumas técnicas que precedem o transplante propriamente dito, como a colheita do enxerto doador e a determinação do tamanho do menisco medial através da mensuração radiográfica da superfície proximal medial da tíbia. Para tanto, foram utilizados 44 membros pélvicos de 22 cadáveres de cães com peso acima de 20kg e um cadáver para determinação da posição do paciente e da equipe cirúrgica, totalizando 23 cadáveres de cães. Para a determinação do tamanho do menisco através da avaliação radiográfica da superfície tibial, foram realizadas radiografias simples de 24 membros na posições craniocaudal e mediolateral a 90 e 135°e após os meniscos foram pintados com uma mistura de cianoacrilato e tântalo pó e as radiografias repetidas nos mesmos posicionamentos. Seguiu-se as mensurações dos pontos radiográficos anatômicos da tíbia e aplicação das fórmulas de percentual e análise regressa para determinar o tamanho dos meniscos através dessas medidas. O tamanho real dos meniscos mediais foi medido nas posições craniocaudal e mediolateral e comparado com medidas radiográficas contrastadas através do coeficiente de correlação intraclasse (ICC), foram MLC90, ICC=0,91, P<0,001; MLC135, ICC=0,89, P<0,001. Para o desenvolvimento e refinamento da técnica e colheita de enxerto foram utilizados quatro membros. Após, foram colhidos os enxertos de menisco com plugues ósseos, utilizando os 24 membros radiografados, os enxertos foram congelados a -20°C até a utilização na técnica de transplante de menisco. Para o desenvolvimento e refinamento da técnica de transplante de menisco medial foram utilizados seis membros e posteriormente a técnica foi aplicada em 10 membros pélvicos. Os procedimentos cirúrgicos foram avaliados através da descrição de cada etapa, registro fotográfico, dificuldades encontradas, complicações e limitações anatômicas. Em conclusão, o tamanho do menisco medial pode ser determinado a partir dos pontos radiográficos anatômicos utilizados pela equação preditiva da análise de regressão linear com margem de erro de 1,7mm em ML90 e ML135 e 1,2mm no posicionamento CC. As técnicas de colheita e transplante de menisco foram desenvolvidas e demonstraram viabilidade em cadáveres de cães. A técnica de transplante de menisco com plugue ósseo é factível, no entanto, sugerem-se outros estudos, como avaliação biomecânica, que permitam maior compreensão sobre os resultados e complicações obtidos com a nova técnica. |