Produção de álcool combustível a partir de subprodutos da fabricação de cachaça para associação de produtores
Ano de defesa: | 2013 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ Mestrado em Engenharia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3658 |
Resumo: | A produção de etanol em grande escala vem sendo questionada por segmentos do mercado internacional, que valorizam mecanismos limpos e sociais na produção de commodities e bioenergia (emprego, renda, fluxo migratório, mudanças climáticas e poluição). Cita-se como exemplo as pressões para a proibição da queima da cana. A produção de etanol em pequena escala por pequenos e médios agricultores pode trazer benefícios que as usinas de grande porte não são capazes de propiciar, tais como o abastecimento de mercados locais e regionais gerando renda e emprego para comunidades carentes e desenvolvimento regional, mão-de-obra familiar permanente, com retorno e investimento no próprio negócio. Com a participação do pequeno e médio agricultor, a oferta do álcool poderia ser mais bem distribuída e desatrelada da posição das grandes usinas, que muita das vezes opta pela produção de açúcar por apresentar maior lucratividade. Sendo assim, neste trabalho objetivou-se realizar a viabilidade técnica, econômica e ambiental da produção de álcool combustível, a partir da cabeça e cauda da cachaça em associação de produtores. Foram determinados parâmetros de produção desde a colheita da cana até à obtenção do álcool combustível. Com os coeficientes de produção obtidos determinou-se o potencial de produção de álcool combustível de fazenda a partir da cabeça e da cauda em associação de produtores de cachaça na microrregião de Viçosa. O potencial de produção de álcool combustível na fazenda, a partir da cabeça e da cauda da cachaça em associação de produtores, na microrregião de Viçosa, foi determinado a partir dos coeficientes de produção obtidos experimentalmente. Coeficientes técnicos de produção, tais como produtividade de corte, volume de caldo, quantidade de bagaço e de ponta, o volume de cabeça e de cauda , foram determinados a partir dos resultados obtidos no campo. Finalmente, o volume de etanol foi determinado a partir da cabeça e cauda . A análise econômica da produção de álcool combustível foi realizada para quatro casos, que xiiivariaram de acordo com o volume da panela do alambique. Os casos estudados foram para alambiques de 300, 500, 700 e 1.000 litros e os resultados mostraram que a produção de álcool combustível a partir da cabeça e cauda da cachaça em associação de produtores é uma atividade viável. O custo de produção de um litro de álcool para o primeiro ciclo da cana- de-açúcar ficou em torno de R$ 1,00 para todos os casos estudados e R$ 0,70 para o segundo ciclo. Como a comercialização do álcool só pode ser realizada entre associados ou vendido a distribuidores verificou-se, neste estudo, a possibilidade de integrar à associação os taxistas locais para consumo do combustível produzido. Essa opção apresentou, também, resultados positivos para as partes envolvidas no projeto. Finalmente, foi verificada a relação da produção de vinhaça e do restilo com o meio ambiente. O estudo mostrou que, em pequena escala, esta produção não agride o meio ambiente e a quantidade de vinhaça produzida não é um problema ambiental e pode ser utilizada para fertirrigação, alimentação de animais ou ser biodegradadas, com produção de biogás. O restilo, por apresentar poucos compostos biodegradáveis, deve ser tratado quimicamente e reutilizado em operações de limpeza ou como fluido para resfriar o álcool produzido antes de ser lançado no meio ambiente. |