Aceleração do florescimento em genótipos autofecundados e florescimento ultra-precoce de mudas jovens de Eucalyptus por top graftings

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Castro, Carla Aparecida de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28719
Resumo: Processos inovadores de aceleração do florescimento de espécies de Eucalyptus por top graftings (enxertias de topo), incluem a possibilidade de redução do tempo dos ciclos no melhoramento florestal. Esta metodologia tende a permitir a produção de linhagens florestais e a tornar o uso da Seleção Genômica Ampla operacional. Desta forma, o objetivo foi estabelecer metodologias padronizadas para a realização de top graftings em genótipos autofecundados e de mudas juvenis, do gênero Eucalyptus, visando a indução precoce de florescimento. As avaliações dos top graftings vivos foram realizadas a cada 3 meses após as enxertias. Com base nos valores relativos ao florescimento, taxas de sobrevivência e nas mensurações relacionadas ao crescimento da área de copa, foram definidos os melhores padrões a serem empregados durante as enxertias. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se a máxima verossimilhança restrita/ melhor preditor linear não viesado (REML/BLUP) e o método Scott-Knott. Desta forma, foram determinados os efeitos dos tratamentos (genótipos, épocas de realização da enxertia, aplicação de paclobutrazol e idade das mudas) sobre as variáveis avaliadas. Neste sentido, constatou-se que a predisposição dos top graftings à enxertia varia de acordo com o material genético utilizado. A quantidade de botões florais e frutos produzidos pelos top graftings foi satisfatória para atestar sobre a eficiência da metodologia. O florescimento permitiu que o segundo ciclo de autofecundação fosse realizado e que pólen e frutos fossem coletados, para serem utilizados em cruzamentos. Levando em consideração o desempenho dos enxertos para florescimento, a melhor época para realização de top grafitings varia de acordo com a sua finalidade, sendo que para a enxertia de genótipos autofecundados, o ideal é a época de 3 meses antes do florescimento. Já para a enxertia de mudas jovens, os top graftings de 6 meses antes apresentam melhores resultados para florescimento e crescimento de área de copa. Além disso, recomenda-se o uso de mudas jovens de 150-180 dias para a realização de enxertias. Em relação às taxas de sobrevivência dos top graftings, melhores resultados são obtidos para a época de 3 meses antes do florescimento, independente do seu tipo. Ou seja, se o enxerto é advindo de genótipos autofecundados ou de mudas jovens. Considerando as duas épocas de enxertia, a aplicação de paclobutrazol favorece o florescimento dos top graftings. No entanto, a aplicação do regulador não afeta a taxa de sobrevivência e o seu efeito varia em relação ao desenvolvimento de área de copa. Assim, para top graftings de genótipos autofecundados, a sua aplicação não acarreta valores de área com diferença significativa, segundo Scott-Knott, em relação aos top graftings sem paclobutrazol. Por outro lado, o paclobutrazol afeta negativamente o desenvolvimento da copa dos top graftings de mudas jovens. Assim, concluímos que a técnica é viável para Eucalyptus e pode ser replicada para as espécies do gênero, seguindo os procedimentos recomendados. Palavras-chave: Melhoramento florestal. Linhagens. Seleção Genômica Ampla.