Etiologia da mancha bacteriana do eucalipto no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Gonçalves, Rivadalve Coelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10155
Resumo: Estudou-se a etiologia da mancha bacteriana do eucalipto a partir de amostras de folhas de plantas, coletadas em condições de viveiro e campo nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul, Amapá e Pará. Os sintomas da doença são caracterizados por anasarca, lesões internervurais no limbo, perfurações no centro das lesões, lesões no pecíolo e nos ramos, concentração de lesões ao longo da nervura principal e lesões lineares nas bordas e no ápice da folha. Identificaram-se vinte e cinco isolados incitadores de reação de hipersensibilidade (HR) em plantas não-hospedeiras e patogênicos a Eucalyptus spp., quando inoculados nas folhas por injeção. Baseado em testes bioquímicos, utilização de fontes de carbono (MicroLog BIOLOG), análise filogenética de rDNA16S e perfil de ácidos graxos, identificaram-se dez isolados de Xanthomonas axonopodis, quatro de X. campestris, quatro de Pseudomonas syringae, dois de Pseudomonas putida, dois de Pseudomonas cichorii, dois de Rhizobium sp. e um de Erwinia sp. Apenas os isolados de P. syringae e Erwinia sp. não foram patogênicos a Eucalyptus spp. quando inoculados, por atomização de suspensão de inóculo (10 8 ufc/mL), em mudas. Tendo em vista a maior freqüência de isolados de X. axonopodis, avaliou-se sua gama de hospedeiros por meio de inoculações por atomização de inóculo (10 8 ufc/mL) em mudas de espécies ou clones pertencentes às seguintes famílias botânicas: Myrtaceae (Corymbia maculata, Eugenia jambolana, E. camaldulensis, E. cloeziana, E. grandis, E. robusta, E. saligna, E. urophylla, E. urophylla x E. maidenii, E. globulus, Myrciaria jaboticaba e Psidium guajava), Caricaceae (Carica papaya), Fabaceae (Phaseolus vulgaris e Pisum sativum), Rosaceae (Prunus persicae), Rutaceae (Citrus limon) e Solanaceae (Lycopersicon esculentum). Apenas as plantas da família Myrtaceae foram suscetíveis, e dentre essas, apenas espécies de Corymbia e Eucalyptus apresentaram sintomas. A freqüência de plantas com sintomas variou com a espécie, sendo que E. cloeziana e o clone de E. urophylla x E. maidenii foram os materiais mais suscetíveis. Para embasar a quantificação da doença em eucalipto, desenvolveu-se uma escala diagramática contendo oito níveis de severidade. Na validação da escala por três grupos de avaliadores inexperientes, concluiu-se que não houve acurácia nas estimativas com ou sem a escala, mas houve tendência de maior precisão para avaliadores com a escala sem treinamento prévio.