Variabilidade de Botrytis cinerea de roseiras e detecção da mutação associadas à resistência a fungicidas pelo método de dissociação de alta resolução

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pérez, Ana Elisa Silvera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Doutorado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HRM
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1059
Resumo: Botrytis cinerea está amplamente distribuído no mundo e causa o mofo cinzento em várias culturas. Em roseiras, o manejo da doença baseia-se na aplicação intensiva de fungicidas. Em outros países, constatou-se haver alta variabilidade em populações de B. cinerea. Tal variabilidade pode comprometer a eficiência do controle químico. Porém, há escassez de estudos com populações brasileiras de B. cinerea. Assim, objetivou-se caracterizar isolados de B. cinerea obtidos de roseiras cultivadas em estufas de Barbacena - MG, em 2011 e 2012, e de Holambra - SP, em 2011, quanto à agressividade em pétalas de roseiras e à sensibilidade a fungicidas. Da região de Holambra também caracterizaram-se isolados de roseiras de lavouras conduzidas no campo, gérbera e lisianthus. Obtiveram-se 308 isolados (quatro de gérbera, seis de lisianthus e 298 de roseiras) os quais diferiram quanto à agressividade. Considerando-se espécies de flores, coloração das pétalas, tipo de sistema de produção e fungicidas, os isolados não se diferenciaram quanto ao diâmetro de lesão e à esporulação. Quanto à sensibilidade a fungicidas, os isolados foram resistentes a tiofanato metílico, e variaram de sensíveis a resistentes a iprodiona (0,1 < CE50 < 4&#956;g.mL-1) e boscalida (0,001 < CE50 < 1000&#956;g.mL-1). Não houve correlação entre os componentes de agressividade e a resistência as fungicidas. Considerando-se as variáveis analisadas, a população não foi estruturada por região. Caracterizou-se a mutação associada à resistência a fungicidas pela análise de dissociação em alta resolução ( high-resolution-melting - HRM) em isolados coletados em Barbacena em 2012. Nas sequências parciais dos genes analisados, detectaram-se mutações em BenA (E198A), BcOS1 (I365S/N, Q369P, N373S) e SdhB (H272Y/R), associadas à resistência a tiofanato metílico, iprodiona e boscalida, respectivamente. Os resultados da HRM e das análises das sequências dos genes BenA, BcOS1 e SdhB foram concordantes. Considera-se que a HRM seja ferramenta potencial para monitorar, no campo, a resistência de B. cinerea a fungicidas.