Permeabilização da parede celular de basidiósporos de Pisolithus microcarpus por agentes químicos e enzimáticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Felipe Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Microbiologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31874
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.256
Resumo: Pisolithus é gênero fúngico com espécies capazes de formar associações simbióticas ectomicorrízicas com grupos florestais de alto valor econômico, a exemplo dos pinhos e eucaliptos. A germinação in vitro de basidiósporos de Pisolithus é baixa, inviabilizando o uso desse material como inoculantes comerciais e dificultando a obtenção de isolados monocarióticos, importantes para estudos genéticos. A impermeabilidade da parede celular, observada em esporos maduros, pode ser responsável pela baixa porcentagem de germinação in vitro. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver método de permeabilização da parede celular de basidiósporos de P. microcarpus com agentes químicos e enzimas visando à manutenção da viabilidade desses propágulos. Foram testados como agentes permeabilizadores Triton X-100, ácido metanoico, hidróxido de sódio e os coquetéis enzimáticos comerciais Lysing Enzymes e Driselase, em diferentes concentrações e tempos de incubação. NaOH nas concentrações de 100, 250, 500 e 1000 mmol L -1 mostrou-se eficaz na remoção de pigmentos e proteínas, resultando na permeabilização dos basidiósporos sem perda de viabilidade. O melhor tratamento foi com NaOH a 1000 mmol L -1 por um minuto, permeabilizando 97 % dos basidiósporos. A permeabilização com NaOH mostrou-se reprodutível quando aplicada a basidiósporos oriundos de 9 áreas de coleta distintas. As enzimas líticas não foram capazes de permeabilizar os esporos quando aplicadas isoladamente. No entanto, após o tratamento prévio dos basidiósporos com NaOH, Lysing Enzymes aumentou significativamente as porcentagens de permeabilização quando aplicadas nas concentrações de 30 e 60 mg mL -1 . O método desenvolvido tem potencial para melhorar as porcentagens de germinação dos basidiósporos de P. microcarpus, facilitando a obtenção de estirpes monocarióticas e o desenvolvimento de inoculantes ectomicorrízicos. Palavras-chave: Ectomicorriza. Germinação. Enzimas líticas.