Composição da parede celular dos fungos ectomicorrízicos Pisolithus microcarpus e Pisolithus tinctorius

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Santos, Matheus Loureiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Associações micorrízicas; Bactérias láticas e probióticos; Biologia molecular de fungos de interesse
Mestrado em Microbiologia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5293
Resumo: Este trabalho teve como objetivos avaliar a composição química da parede celular dos isolados PT301 de Pisolithus tinctorius e H4111 de Pisolithus microcarpus, e verificar os efeitos dos fungicidas dimetomorfe e piroquilona nas concentrações de 1, 5, 10, 15 e 30 ppm e da quitosana nas concentrações de 1, 2, 5 e 10 mg mL-1 sobre a morfologia micelial. A parede de Pisolithus microcarpus H4111 apresenta- se constituída por 46, 5 % de açúcares neutros, 18,4 % de proteínas, 26,1 % de quitina e 3,8 % de cinzas. A parede celular de Pisolithus tinctorius PT301 constitui-se de 48 % de açúcares neutros, 17,7 % de proteínas, 23,5 % de quitina e 4,5 % de cinzas. Quanto à constituição mineral da parede, verificou-se que a composição de nitrogênio, fósforo e potássio dos dois isolados é semelhante, ao passo que os teores de enxofre e sódio são maiores no isolado PT301. Nos teores de micronutrientes, o fungo PT301 apresentou maiores teores em zinco, ferro e cobre. A parede celular de Pisolithus demonstrou-se rica em quitina em toda a sua extensão. Os glicanos β-1,3 são encontrados em maiores quantidades nas extremidades das hifas. A análise de ácidos graxos demonstrou que a composição desses compostos na parede celular difere daquela encontrada no micélio, embora em ambas situações, os ácidos graxos mais comuns tenham sido os 16:0, 18:1w9c e a mistura 18:0 A \18:2w6,9c. Foram detectados ácidos graxos apenas nos micélios, bem como certos ácidos graxos foram detectados somente nas paredes. Todos os três inibidores utilizados demonstraram-se capazes de provocar alterações morfológicas nas hifas de Pisolithus. Foram verificados inchamento das hifas, formação de estruturas globosas na extremidade e também ao longo das hifas, além de ondulações e enrugamento do micélio. O fungicida dimetomorfe também provocou alterações nos grampos de conexão dos fungos.