Varroa destructor Anderson & Truemann, 2000: Perfil genético, taxas de infestação e reprodução em abelhas Apis mellifera L. (africanizadas) no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Pinto, Fábio de Assis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Mestrado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3955
Resumo: O ácaro Varroa destructor (Mesostigmata Varroidae) (Anderson & Truemann, 2000) é um dos maiores problemas na apicultura mundial. Além de ser o vetor de vírus que têm sido frequentemente relacionados à síndrome do desaparecimento das abelhas (CCD), causa mortalidade de colônias em níveis elevados de infestação. Seus danos dependem de uma série de fatores bióticos e abióticos e, acredita-se que, variações genotípicas (haplótipo) são uma das principais causas. No Brasil, o ácaro aparentemente não causa grandes danos às colônias, mantendo-se em níveis baixos de infestação, contudo, com a entrada do haplótipo K no país, especula-se um possível aumento na taxa reprodutiva do ácaro, a exemplo do que vem sendo relatado em outros países. Nesse contexto, realizamos identificações do perfil genético de Varroa destructor em 58 municípios brasileiros, distribuídos em 14 estados juntamente com avaliações nas taxas de infestação e potencial reprodutivo do parasita em Apis mellifera L. africanizada (Hymenoptera Apidae). O haplótipo J, genótipo considerado menos problemático, foi encontrado somente em quatro localidades, muito embora o H. K também tenha sido identificado nestes municípios, exceto na Ilha de Fernando de Noronha-PE, onde apenas o H. J foi identificado. Os níveis de infestação do total de amostras analisadas variaram de 0,33±0,55% a 15,3±9,2%, enquanto que o potencial reprodutivo variou de 0 a 1,5±0,2. Observamos diferenças significativas (P < 0,001) na dinâmica de infestação do ácaro nos diferentes municípios avaliados, embora os níveis encontrados tenham sido consideravelmente baixos quando comparados aos encontrados em outros países. Tais variações não puderam ser atribuídas ao padrão de haplótipos (K ou J), uma vez que não foi constatada diferença entre os mesmos para o parâmetro avaliado. Aparentemente, fatores não envolvendo diferenças no genótipo mitocondrial, como variações climáticas entre regiões, manejo e seleção para comportamento higiênico possuem maior relação às variações na dinâmica de infestação do ácaro no Brasil.