Desvelando o ser-aí-mulher-que-vivencia-o-linfedema-por- câncer-de-mama: contribuições da fenomenologia para o cuidado em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: PAIVA, Andyara do Carmo Pinto Coelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/19966
Resumo: Esta investigação buscou desvelar os sentidos da mulher na vivência do linfedema por câncer de mama. Trata-se de um estudo fenomenológico, fundamentado no referencial teórico/ metodológico de Martin Heidegger. Os cenários de pesquisa foram o Hospital Ascomcer, Juiz de Fora-MG, e a Fundação Cristiano Varella, em Muriaé. Realizou-se a entrevista fenomenológica com treze mulheres que vivenciam o linfedema por câncer de mama. A análise compreensiva, em seu primeiro momento metódico, mostrou que a mulher pensava que poderia fazer de tudo, mas fazendo as coisas da sua rotina senti o braço inchando. Queixa-se de dor ou dormência, o braço inchado e pesado. Fica envergonhada e chateada com o braço sem estética e tenta disfarçar. Sabe que com o esforço, a extravagância, o calor e o peso o braço vai inchar e doer, mas não consegue evitar. Tem que fazer tratamento no braço e, por vezes, usar luva. Percebe-se limitada, não é mais a mesma pessoa, procura se ocupar com outras coisas. Fica entristecida e chateada, é uma provação difícil que precisa conviver. Na hermenêutica, o ser-aí-mulher-que-vivencia-o-linfedema-por-câncer-de-mama mostra-se na impessoalidade, na impropriedade e na inautenticidade, como modos próprios do cotidiano. Diante da facticidade, regida pelo falatório e ambiguidade o ser-mulher revela uma vida com limitações e mostra-se no pavor, horror e terror. Acredita-se que o caminho para uma assistência de qualidade está no empoderamento do ser-aí-mulher e na supressão do caráter ameaçador que fragiliza e imobiliza o ser. A prevenção precisa ser contemplada para reduzir os riscos de desenvolver o linfedema.