Incidência e fatores de risco do linfedema após tratamento cirúrgico para câncer de mama: estudo de uma coorte hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Bergmann, Anke
Orientador(a): Mattos, Inês Echenique
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12838
Resumo: O avanço das técnicas cirúrgicas no tratamento do câncer de mama, aliado aos recursos atualmente disponíveis, como quimioterapia, radioterapia e hormonoterapia, prolongaram a sobrevida dos pacientes. Segundo dados dos registros hospitalares de câncer do INCA, entre 2000 e 2001, 50% dos casos de câncer de mama foram diagnosticados nos estádios III e IV. Quanto mais tardio for o diagnóstico, maiores serão as seqüelas do tratamento, sendo o linfedema, uma das principais, constituindo-se em foco de atenção primordial do sistema de saúde pública. Objetivo geral: Determinar a incidência e os fatores associados ao linfedema em uma coorte de mulheres submetidas a tratamento cirúrgico para câncer de mama. Metodologia: Estudo de coorte prospectivo das mulheres tratadas cirurgicamente para câncer de mama no período de agosto/2001 a novembro/2002.O seguimento preconizou uma reavaliação no primeiro dia após a cirurgia e nas consultas ambulatoriais de seguimento, agendadas para 30 dias, 6 meses, 12 meses, 18 meses e 24meses. Todas as avaliações foram padronizadas, sendo utilizados instrumentos especificamente elaborados e testados para tal fim. O critério para diagnóstico de linfedema foi baseado na proposta de Casley-Smith que adota a perimetria dos membros superiores.Resultados: Foram estudadas 1004 mulheres com idade média de 56 anos e tempo médio de seguimento de 19 meses. A incidência acumulada de linfedema no período de 24 meses foi de 17,5 por cento. Conclusão: A incidência de linfedema após 2 anos de seguimento foi elevada e a radioterapia realizada em cadeias de drenagem foi o mais forte preditor do risco. As mulheres obesas devem ser incentivadas a reduzir o peso corporal e a aplicação de quimioterapia deve ser evitada no membro homolateral ao câncer de mama. Protocolos de reabilitação pós-operatória devem ser instituídos, com base no modelo preditor do risco de desenvolvimento do linfedema, visando uma melhor qualidade de vida para as mulheres tratadas com câncer de mama.