Uréia de liberação lenta em dietas para vacas leiteiras mestiças em pasto ou confinadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Abreu, Daniel Carneiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Mestrado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5664
Resumo: Foram conduzidos dois estudos com vacas mestiças Holandês x Zebu na unidade experimental de Cachoeirinha, DZO/UFV, com o objetivo de avaliar a utilização de fonte de uréia de liberação lenta (ULL). No Experimento 1, foram utilizadas oito vacas adultas em lactação, na terceira e quinta lactações e pesando 448 ± 74 kg no início do período experimental, com o objetivo de avaliar quatro ofertas de ULL: 40; 80; 160 e 320 g/animal/dia sobre o desempenho de vacas mestiças alimentadas com dietas à base de cana-de-açúcar. Os animais foram distribuídos em dois quadrados latinos 4 x 4, com quatro períodos de 14 dias cada (sete dias de adaptação e sete dias de coleta). Não houve efeito dos níveis de uréia (P>0,05) sobre o consumo de matéria seca, fibra em detergente neutro e extrato etéreo. Porém, o consumo de proteína bruta aumentou (P<0,05) linearmente com o fornecimento de ULL. A produção de leite aumentou (P<0,05) 0,396 kg para cada 0,1 kg de ULL (3,96 g de leite/1,0 g de ULL). A produção de leite corrigida para 3,5% de gordura e os teores de gordura, proteína, lactose e extrato seco total e desengordurado do leite não foram influenciados (P>0,05) pelos níveis de ULL. Recomenda-se fornecer 320 g de ULL/vaca/dia em dietas à base de cana-de-açúcar e fubá de milho, para vacas leiteiras, somente se o preço da ULL for no máximo 3,96 vezes o preço do leite. No Experimento 2, 21 vacas mestiças Holandês x Zebu (499 ± 61 kg de peso corporal; 167 dias de lactação) foram alocadas em pastos de capim-elefante (11,5% de proteína bruta e 60% de FDNcp) com o objetivo de avaliar o efeito da utilização de uréia convencional ou ULL em suplementos concentrados nos níveis de 2, 4 ou 6% (base da matéria seca), em substituição ao farelo de soja, além do tratamento testemunha, somente com farelo de soja como fonte de proteína bruta. As vacas foram distribuídas em três quadrados latinos incompletos, em três períodos, com 21 dias cada (14 dias de adaptação e sete dias de coleta). Os suplementos concentrados isonitrogenados (24% de proteína bruta, base da matéria seca) foram fornecidos na quantidade de 3,2 kg/vaca/dia (base da matéria natural). Não houve efeito (P>0,05) de fonte de proteína bruta (farelo de soja vs fonte de NNP), fonte de NNP, nível de NNP e interação entre fonte de NNP e nível de NNP sobre a produção de leite (10,0 kg/dia), produção de leite corrigida para 3,5% de gordura (10,7 kg/dia), teores de gordura (4,01%), proteína (3,66%), lactose (4,16%), extrato seco total (12,86%) e extrato seco desengordurado (8,60%) no leite. A substituição da uréia convencional pela ULL não promove melhoria no desempenho produtivo de vacas leiteiras mestiças em pastagens de capim-elefante. A uréia (liberação rápida ou lenta) pode ser incluída em até 6% na MS de suplementos concentrados, em substituição ao farelo de soja, sem afetar o desempenho produtivo de vacas leiteiras em pastagens de capim-elefante no período das águas.