Uréia em dietas à base de cana-de-açúcar para vacas leiteiras
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Mestrado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5810 |
Resumo: | Avaliou-se o efeito de quatro níveis da mistura de uréia:sulfato de amônio (9:1) (uréia) na cana-de-açúcar (0; 0,4; 0,8 e 1,2%, base da matéria natural) sobre o consumo, sobre o consumo e digestibilidade da dieta, desempenho produtivo, metabolismo de compostos nitrogenados e economicidade das dietas em vacas leiteiras com produção abaixo de 15 kg/dia. Utilizou-se 12 vacas da raça Holandesa, distribuídas em três quadrados latinos 4 × 4. As dietas foram inicialmente formuladas para serem isonitrogenadas contendo 12,5% de proteína bruta, base da matéria seca. A ração concentrada foi fornecida proporcional à produção de leite, perfazendo-se uma relação de 1 kg para cada 3 kg de leite produzido. A cana-de-açúcar utilizada apresentou 21,9 oBrix. Não houve efeito do nível de uréia na cana-de-açúcar sobre o consumo e coeficiente de digestibilidade dos constituintes da dieta, bem como sobre a produção e composição do leite. Verificou-se que o aumento no nível de uréia na cana aumenta (P<0,05) linearmente a concentração de nitrogênio-uréico no plasma, a excreção urinária de nitrogênio-uréico (NUU, em g/dia) e a contribuição do nitrogênio-uréico na excreção urinária de nitrogênio, além de reduzir (P < 0,05) a produção de leite por unidade de nitrogênio excretado na urina. Apesar de não terem sidos detectados efeitos significativos (P > 0,05) para a excreção urinária de nitrogênio (NU) e para o balanço de nitrogênio (BN), verificou-se aumento de 50,3% na NU e, conseqüente, redução de 112,8% no BN com o aumento de 0 para 1,2% de uréia na cana. Esses resultados demonstram que mesmo utilizando-se cana-de-açúcar com alto teor de açúcar (50,5% de CNFcp, base da MS), o aumento do nível de uréia amplia a ureogênese e as perdas de compostos nitrogenados (N) na urina, reduzindo a eficiência de utilização dos N, elevando-se o gasto energético e o passivo ambiental. A partir da análise de sensibilidade do saldo com alimentação ao preço da uréia, verificou-se que o uso da mesma é viável quando o preço for igual ou inferior à R$ 2,0/kg, o que equivale a 2,17 vezes o preço do kg do farelo de soja, base da matéria natural. Em adição, verificou-se que independente da faixa de preço entre R$ 0,40 a R$ 2,0/kg, o nível de uréia que permite maximizar o saldo com alimentação permanece em 1,20%, base da matéria natural da cana-de-açúcar. |