Teores de nitrogênio uréico no leite e plasma de vacas mestiças
Ano de defesa: | 2003 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5164 |
Resumo: | Esta pesquisa objetivou, inicialmente validar o emprego de kits comerciais colorimétricos enzimáticos (KITS URÉIA CE) também para leite. Foram coletadas 35 amostras de leite e cada uma subdividida em cinco alíquotas, das quais duas foram remetidas a laboratórios de referência (LR) e as demais analisadas por meio de KITS URÉIA CE. Antes da análise, porém, cada uma destas foi submetida a centrifugação (2300 x g durante 30 min) ou precipitação com ácido acético glacial associada à centrifugação ou precipitação com ácido tricloroacético a 25% seguida de filtração (TCA). Os dois LR obtiveram resultados diferentes (P > 0,05) mas altamente correlacionados (r= 0,95). Os teores de NUL determinados nas alíquotas submetidas aos três procedimentos referidos acima apresentaram altas correlações entre si e com os LR, porém apenas os resultados obtidos empregando-se o procedimento TCA foram equivalentes aos encontrados por um dos LR (P < 0,05). Diante disto e pelas facilidades de execução, o procedimento TCA foi empregado na etapa seguinte desta pesquisa. Nela, foram utilizadas dez fazendas na região de Viçosa, para as quais um único dia foi reservado para a obtenção de amostras de leite durante a ordenha da manhã (apenas vacas sadias e com menos de trinta dias pós parto). Em paralelo, foram obtidas amostras de sangue, com anti-coagulante, das vacas secas hígidas e com previsão de parto não inferior a vinte dias. Ao final da ordenha, em cada propriedade, foi recolhida uma amostra de leite do tanque de expansão e registradas as informações relativas aos lotes de vacas em lactação e secas: alimentação, nº de animais e, para as primeiras, produção média diária de leite. Em uma única propriedade, foram colhidas também amostras de sangue das vacas em lactação (n = 35) logo após a ordenha. Os resultados evidenciaram que, dos 33 lotes de produção identificados, apenas seis apresentaram teores médios de NUL entre 12 e 16 mg/dL e três acima desta faixa. Em seis propriedades todos os lotes (n=15) apresentaram teores de NUL bem inferiores a 12 mg/dL e, nas demais, outros oito lotes apresentaram valores similares. Quando os 33 lotes de produção foram agrupados em quatro categorias de acordo com a produção de leite (A: ³ 25 Kg; B: 20-25 Kg; C: 15-20 Kg e D: £15 Kg), os teores médios de NUL calculados para cada uma delas e os respectivos intervalos de confiança foram de 17,35 ± 3,79 mg/dL; 8,28 ± 4,18 mg/dL; 7,29 ± 4,29 mg/dL e 6,25 ± 3,65 mg/dL. Foi observado, também, que nas sete propriedades em que os teores de NUL das amostras dos tanques foram menores que 12 mg/dL, 95,2% (20/21) dos lotes de produção apresentaram comportamento semelhante quanto aos seus teores médios de NUL. Nas outras três propriedades onde os teores de NUL nas amostras dos tanques foram superiores a 16 mg/dL, havia pelo menos um lote com teor médio de NUL acima do referido valor. Quanto às vacas secas, em apenas uma fazenda os teores de NUP situaram-se acima de 16 mg/dL e em oito estavam abaixo de 12 mg/dL. Concluiu-se, então, que em rebanhos leiteiros constituídos de vacas mestiças, apenas lotes com produções médias diárias acima de 20 Kg de leite requerem atenção quanto a excessos de proteínas na dieta e suas conseqüências. A maioria dos lotes de vacas em lactação e secas, no entanto, apresentam, respectivamente, teores médios de NUL ou NUP muito baixos, que refletem inadequações em termos de dieta protéica. Nestas fazendas, as amostras recolhidas dos tanques de expansão também se caracterizam, via de regra, pelas baixíssimas concentrações de NUL que encerram. |