Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Nadai, Janaína de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10078
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Resumo: |
O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de obter informações sobre a biologia de Lampetis nigerrima (Kerremans, 1897) (Coleoptera: Buprestidae) em culturas novas de eucaliptos. As avaliações e vistorias foram realizadas em Grão Mogol, MG, no período de novembro/2003 a março/2004, e as atividades de laboratório (Temperatura média = 27,6 ± 0,7°C e Umidade relativa média do ar = 76,0 ± 5,8%) em Viçosa, MG. Pode-se afirmar que os adultos de L. nigerrima ocorrem nos Estado de Minas Gerais e Bahia podendo ocorrer, também, nos estados vizinhos, durante os meses de novembro a março, quando apresentam atividade no período mais quente do dia. Os adultos possuem, dorsalmente, élitros verde-escuros com a margem externa salpicada de pequenas manchas brancas e a parte superior dos tarsos, azul-metálica. Adultos podem ser sexados com base no dimorfismo do quinto e sétimo uroesternitos, mas não com base nas dimensões corporais. A proporção sexual é de 1 fêmea para cada 1,7 machos, mas o mais freqüente é ocorrer duas fêmeas para cada três machos. As fêmeas apresentaram longevidade maior que a dos machos. Em termos reprodutivos, os besouros apresentaram forésia e podem copular à tarde de dias úmidos e frios. Podem colocar um total de 98 ovos, distribuídos em nove posturas, depositadas em locais umedecidos. Os ovos apresentaram formato oblongo, córion transparente e liso com VIII comprimento e largura média de 1,11 ± 0,01 mm e 0,54 ± 0,01 mm, respectivamente. O principal comportamento de defesa é a tanatose. Não foi encontrado inimigo natural para esta espécie de buprestídeo. Outras espécies da família Buprestidae foram encontradas em associação daninha. Como plantas hospedeiras de L. nigerrima foram encontradas as espécies Austroplenckia populnea (Reiss.) Lund. (Celastraceae), Matayba elaeagnoides Radlk. (Sapindaceae), Anemopaegma album Mart ex DC. (Bignoniaceae) e híbridos de Eucalyptus grandis x E. urophylla. No hospedeiro, os adultos seccionam os pecíolos, comem as folhas, roem e decepam o ponteiro principal e os galhos tenros. As fêmeas são mais daninhas porque decepam galhos mais longos e em maior quantidade, e seccionam maior quantidade de pecíolos foliares. Estimou-se que apenas um besouro é capaz de causar a perda de 1/3 da área foliar de uma planta com 45 dias de idade, em apenas 37 dias. O nível de dano econômico foi estimado em 0,3 besouros para cada 100 plantas, na temporada 2003/2004. Estimou-se, ainda, que a quantidade total máxima de 80,7 besouros por 100 plantas seria capaz de causar a perda de 1/3 da área foliar de toda a plantação nesta idade, em apenas dois meses. |