Biologia e manejo de Chalcodermus bicolor Fiedler (Col.: Curculionidae: Molytinae), em plantios de eucalipto
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3934 |
Resumo: | Este trabalho teve como objetivo registrar as características biológicas de Chalcodermus bicolor, ou “Podador-do-eucalipto” e avaliar técnicas de manejo que contribuam para minimizar os efeitos de correntes de seu ataque sobre o crescimento de árvores híbridas de eucalipto. Os estudos foram realizados no Laboratório de Manejo de Pragas Florestais (temperatura = 25,29±0,20°C, umidade relativa = 78,26±0,94% e fotofase = 10 horas), Departamento de Entomologia, na Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais. Os insetos foram coletados nos municípios de Mucuri e Caravelas, estado da Bahia, Brasil. Os plantios comerciais foram constituídos de árvores híbridas de Eucalyptus urophylla vs. E. grandis. As técnicas de manejo integrado avaliadas foram catação dos ponteiros e controle com inseticidas. Como resultados, obtiveram-se ovos de formato oblongo, cório transparente, membranoso e liso, coloração bege-clara, comprimento de 2,03±0,06 mm e de largura 1,00±0,04 mm, período de eclosão variando de 4 a 5 dias. As larvas apresentaram três ínstares e comprimento de 2,16±0,05 mm, 3,11±0,07 mm e 5,5±0,15 mm para o primeiro, segundo e terceiro, respectivamente. Ao completar o desenvolvimento dentro do ponteiro, a larva o abandona para enterrar-se no solo, à profundidade média de 1,11 cm, onde constrói uma câmara pupal e se transforma em pupa. Constataram-se inimigos naturais das famílias Eulophidae Westwood, 1929 e Pteromalidae Dalman, 1820. Os mesmos podem ser considerados como uma ferramenta útil no manejo integrado do podador-do- eucalipto. Registrou-se pela primeira vez para o continente Americano, especialmente para a Região Neotropical, um himenóptero parasitóide, do gênero Pseudosecodes Girault, 1915, além de indicar seu hospedeiro. As pupas do podador apresentaram cor bege-clara, que escurecem paulatinamente durante o desenvolvimento e se diferenciam quanto ao sexo por uma protuberância arredondada no último segmento abdominal, presente apenas no macho. As pupas apresentaram comprimento de 6,45±0,61 mm e 2,13±0,11 mm de largura em machos; em fêmeas, comprimento de 6,23±0,68 mm e 2,25±0,17 mm de largura o período pupal variou de 7 a 12 dias. O adulto permaneceu por um período de quatro a oito dias na câmara pupal, antes de sua emergência à superfície do solo. A proporção sexual foi de uma fêmea para cada 1,52 machos. A diferença sexual entre machos e fêmeas foi constatada pela presença de pre-mucro nas pernas anteriores e medianas nas fêmeas e ausência dele nos machos. No laboratório, os adultos apresentaram tanatose, mas não apresentaram cortejo nupcial e nem cópula. O ataque em plantações jovens de Eucalyptus urophylla vs. E. grandis, depois de passados doze meses, resultou em diferença significativa para a altura e diâmetro das árvores e se constataram má formação no fuste. Foram constatados sete ponteiros podados por árvore, no máximo. Fêmeas apresentaram preferência para podar ponteiros laterais mais do que o principal. A técnica de controle de catação apresentou, no máximo, 23,90% de eficiência. Os inseticidas neonicotinóides usados para testar o efeito curativo mostraram-se eficientes na dosagem menor de Imidacloprido (Confidor 700WG) (100 g/ha). Já no teste preventivo, obteve-se 100% de mortalidade das larvas com todas as dosagens menores dos inseticidas (Actara, Confidor e Mospilan), avaliados neste estudo. Estas informações básicas sobre a biologia do podador-do-eucalipto contribuirão para melhorar as estratégias de manejo integrado desta praga. |