Sensibilidade de isolados de Hemileia vastatrix a azoxistrobina e tebuconazol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Bragança, Carlos Augusto Dórea
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Mestrado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4381
Resumo: O monitoramento da sensibilidade de patógenos a fungicida é etapa necessária para compreender os processos associados ao surgimento da resistência, a distribuição de isolados resistentes, a evolução de populações insensíveis e seus impactos no controle das doenças. O manejo da ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix), doença mais destrutiva desta cultura, é baseado no controle químico, porém não havia informações quanto à sensibilidade do patógeno a fungicidas. Coletaram-se isolados de H. vastatrix nas principais regiões produtoras de Minas Gerais e Espírito Santo, e determinou-se a sensibilidade dos isolados aos fungicidas azoxistrobina e tebuconazol, por meio da estimativa da dose efetiva para inibir 50% da germinação ou crescimento do patógeno (DE50). Os valores de DE50 variaram entre 0,004 e 0,12 μg/ml para azoxistrobina e 0,01 a 5,11 μg/ml, para tebuconazol. Não houve associação dos valores de DE50 com a procedência dos isolados ou com o histórico de aplicação de fungicidas, tanto para azoxistrobina (χ2 = 0,63; P=0,42 e χ2 = 0,15; P=0,70) quanto para tebuconazol (χ2 = 3,23; P=0,20 e χ2 = 0,24; P=0,89). Não houve correlação entre distância geográfica e DE50 dos fungicidas. Portanto, não houve evidência de agrupamento espacial quanto à sensibilidade dos isolados aos dois fungicidas. Ambos, azoxistrobina e tebuconazol, reduziram a germinação e elongação do tubo germinativo. Não foi possível amplificar e sequenciar fragmento do gene CYP51 relacionadas à redução da sensibilidade de tebuconazol. Para azoxistrobina, obteve-se sequência parcial do gene CYTB, porém, em conformidade com o teste fenotípico, não se constataram as mutações que conferem insensibilidade ao fungicida. Não há evidência de resistência de H. vastatrix aos fungicidas azoxistrobina e tebuconazol nas populações de Minas Gerais e Espírito Santo.