Suplementação de bovinos de corte em pastejo com diferentes relações proteína: carboidrato da fase de amamentação ao abate
Ano de defesa: | 2012 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Doutorado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1814 |
Resumo: | Foram elaborados 5 artigos cientícos envolvendo a suplementação de bovinos de corte em pastejo com differentes relações proteína: carboidrato. O artigo 1 objetivou-se avaliar o efeito da suplementação de bezerros sobre ganho de peso, consumo, digestibilidade, produção de leite de sua mães e comportamento ingestivo do par vacabezerro. Foram usados 55 vacas com peso médio inicial de 449 ± 8 kg e suas respectivas crias com peso inicial médio de 138 + 3 kg. O período experimental foi de 112 dias. Os tratamentos foram: Controle = apenas mistura mineral; APAC = suplemento com alta proteína e alto carboidrato; APBC = suplemento com alta proteína e baixo carboidrato; BPAC = suplemento com baixa proteína e alto carboidrato; BPBC = suplemento com baixa proteína e baixo carboidrato. Cerca de 25 e 12,5% da exigência de proteína foram supridos nos suplementos com alta e baixa proteína, respectivamente, e cerca de 15 e 7,5% do requerimento de NDT foi suprido nos suplementos com alto e baixo carboidrato, respectivamente. A quantidade de suplemento múltiplo foi ajustada a cada 28 dias. O comportamento de pastejo, desempenho, produção e composição do leite, consumo e digestibilidade das vacas não foram influenciados (P>0,05) pela suplementação dos bezerros. Os animais suplementados tiveram melhor desempenho (P<0,05) (medida pelo peso corporal final, ganho médio diário (GMD), escore de condição corporal final), consumo e tempo ocioso, e menor tempo de pastejo (P<0,05), mas a suplementação não afetou (P>0,05) o tempo e a freqüência de amamentação. Pode-se concluir que a suplementação afeta o comportamento e o consumo de alimentos pelos bezerros. Entretanto, não afeta o tempo e freqüência de amamentação. No artigo 2 foram avaliados os efeitos da suplementação com diferentes relações de carboidrato e proteína sobre o desempenho de tourinhos dos 4 até 18. Foram usados os mesmos animais descritos no artigo 1. Os animais foram submetidos a um período experimental de 430 dias. Os tratamentos foram os mesmos descritos no artigo 1. Entretanto, após o desmame cerca de 50 e 25% da exigência de proteína foram supridos nos suplementos com alta e baixa proteína, respectivamente, e cerca de 30 e 15% do requerimento de NDT foi suprido nos suplementos com alto e baixo carboidrato, respectivamente. Os animais não suplementados apresentaram menor (P<0,05) GMD do que os animais suplementados. Os planos nutricionais com baixa oferta de carboidratos (APBC e BPBC) apresentaram maior eficiência de uso do suplemento. Pode-se concluir que a suplementação eleva o desempenho de tourinhos jovens. No entanto, os planos nutricionais que fornecem baixa quantidade de carboidratos apresentam maior eficiência de uso do suplemento. O artigo 3 avaliou o consumo e a digestibilidade de tourinhos jovens em pastejo suplementados com diferentes relações de carboidrato e proteína dos 4 aos 18 meses. A metodologia foi similar ao artigo 2. Em todos os grupos o consumo de MS foi maior (P<0,05) na transição seca-águas e águas. Os animais não suplementados tiveram menores (P<0,05) consumos de MS e de NDT em todas as fases, com excessão na época das águas. Apesar de não ter havido diferenças (P>0,05) entre os animais suplementados quanto ao consumo de MS, os suplementos com alto carboidrato (APAC e BPAC) tiveram menor consumo de pasto (P<0,05) nas fases de amamentação e águas. Entretanto, o grupo APAC apresentou o maior (P<0,05) consumo e degestibilidade da FDN. Pode-se concluir que o consumo de MS são maiores na época de crescimento das plantas. Entretanto, o efeito do tipo de suplementação sobre os parâmetros nutricionais de animais em pasto tropical sofrem interação da época do ano. Suplementos com alto nível de proteína elevam o consumo e utilização da dieta, sendo o efeito mais intenso quando associado com alto nível de carboidrato. O artigo 4 comparou o tempo de pastejo por observação visual e por método eletrônico e avaliou os efeitos do plano nutricional sobre o comportamento de pastejo e locomoção horizontal e vertical tourinhos em pastagem tropical. Foram usados 39 tourinhos Nelore com peso médio de 345 ± 9,3 kg. Os tratamentos foram os mesmos descritos no artigo 2, com adição de um grupo de animais com oferta de forragem restrita. Os animais foram equipados com colares GPS com sensores de actividades. Não foram encontradas diferenças (P>0,05) no tempo de pastejo obtidos por observação visual ou método sensor de atividade. O grupo Restrito teve maior tempo de pastejo (P<0,05) (9,58 horas/dia), mas não foram encontradas diferenças (P>0,05) no tempo de pastejo entre o Controle (8,35 horas/dia) e animais suplementados (8,03 horas/dia). O grupo Restrito apresentou menor (P<0,05) distância locomoção horizontal (2168 m/dia) em comparação com outros grupos (2580,6 m/dia). Pode-se concluir que a observação visual e método eletrônico apresentam resultados semelhantes. Além disso, a suplementação moderada não altera o comportamento de pastejo. O artigo 5 estimou as exigências nutricionais para mantença de energia e para ganho de peso de energia e proteína de bovinos de corte em pastagens tropicais. Foram usados 44 bezerros de corte com peso inicial médio de 138.3 ± 3.4 kg e idade inicial entre 90 e 150 dias. Os tratamentos foram os mesmos descritos no artigo 2. A exigência de energia líquida para ganho (ELg) foi obtida pela regressão linear do logaritmo da energia retida em função do logaritmo do ganho de peso de corpo vazio. As exigências de energia líquida para mantença (ELm) foram estimadas a partir da relação exponencial da produção de calor (PC, kcal/PCVZ0,75/dia) e o consumo de energia metabolizável. As exigências de proteína líquida para ganho (PLg) foram obtidas pela regressão linear múltipla da proteína retida no peso de corpo vazio (GPCVZ, g/dia) e da energia retida (ER, kg/dia). A eficiência de uso da energia metabolizável (EM) para mantença (km) foi 0.55, e para ganho (kg) foi 0.26. O requerimento de EM para mantença foi 124 kcal/kg PCVZ0.75, 11% maior que a exigência de bovinos de corte confinados no Brasil. A exigência de PLg reduziu com aumento do peso corporal. As exigências de energia líquida e proteína líquida para ganho podem ser obtidas pelas equações: ER (Mcal/kg) = 0,044× PCVZ0,75 × GPCVZ1,1302, PR (g/dia) = 31.45 + 229.69 × GPCVZ 8.75 × ER, respectivamente. |