Uso de salinomicina, virginiamicina, levedura viva e uréia de liberação lenta para vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Isis Scatolin de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Doutorado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1832
Resumo: Realizou-se dois experimentos com adição de aditivos para vacas leiteiras. No experimento 1, o objetivo foi avaliar a inclusão de salinomicina e virginiamicina e de sua combinação em dietas para vacas leiteiras em lactação mantidas em pastagens de Panicum maximum, cv. Tanzânia e suplementadas com silagem de milho e concentrado sobre as respostas produtivas e fisiológicas. Utilizaram-se 12 vacas leiteiras em lactação (Holandês-Zebu) multíparas, com potencial de produção de leite de 15 kg/dia, com aproximadamente 90 dias de lactação distribuídas em três quadrados latino (QL) 4x4, de acordo com a produção leiteira. Sendo um QL com vacas canuladas no rúmen para avaliação dos parâmetros ruminais. Constituiu-se de quatro períodos experimentais, com duração de 21 dias cada. O consumo foi estimado pela equação para calcular o consumo de matéria seca pelo NRC. Os animais foram mantidos em pastagens de Panicum maximum, cv.Tanzânia e suplementados no cocho com 50% da estimação do consumo de matéria seca, com silagem de milho e concentrado, sendo para animais com até 10 kg de leite animal.dia-1 forneceu-se 2,0 kg de concentrado animal.dia-1 e, 1,0 kg de concentrado para cada 2,5 kg de leite animal.dia-1 acima de 10 kg de leite. Os tratamentos foram os seguintes: (RC) ração controle- sem adição de aditivos; (RS) ração salinomicina; (RV) ração virginiamicina e (RSV) ração salinomicina e virginiamicina de forma combinada. A adição de salinomicina e virginiamicina fornecidos de forma isolada reduziram (P<0,05) o consumo de matéria seca total e de nutrientes (PB, FDNcp, CNF e NDT) quando comparado a dieta controle ou com a combinação de ambos aditivos. A redução no consumo de pasto com adição de salinomicina e virginiamicina de forma isolada foi a responsável pela redução no consumo total, pois o consumo no cocho não foi alterado. A digestilidade de matéria seca e proteína bruta não foram influenciadas pelos aditivos. A adição de salinomicina e/ou virginiamicina não influenciaram (P>0,05) a produção e nem a composição do leite. Uma melhor eficiência alimentar das dietas com adição de salinomicina e virginiamicina de forma isolada foi observada. O balanço energético e de nitrogênio foram positivos, confirmando a variação de peso positiva dos animais, principalmente nas dietas com salinomicina e virginiamicina. O nitrogênio ureico no leite, sangue e o nitrogênio amoniacal ruminal não foram alterados (P>0,05) pela adição de salinomicina e virginiamicina. O comportamento ingestivo das vacas leiteiras não foi alterado entre experimentais, mesmo ocorrendo redução do consumo com adição de salinomicina e virginiamicina de forma isolada. A adição de salinomicina e virginiamicina, de forma isolada melhorou a eficiência alimentar das dieta, reduzindo o consumo de matéria seca, sem alteração na produção de leite e mantendo o balanço energético e de nitrogênio positivo. No segundo experimento, objetivou-se avaliar a inclusão ou não de Saccharomyces cerevisiae em dietas a base de silagem de cana-de-açúcar e com substituição parcial ou total do farelo de soja pela uréia de liberação lenta sobre as respostas produtivas, fisiológicas e ruminais de vacas leiteiras lactantes de alto e médio potencial produtivo e vacas leiteiras não lactantes. Constituído por cinco períodos experimentais, com duração de 17 dias cada. Utilizaram-se 15 vacas leiteiras Holandês/Gir, distribuídas em três quadrados latino 5 X 5, de acordo com a categoria animal. A silagem de cana-de-açúcar foi o volumoso utilizado nas dietas na proporção de 50% com base na matéria seca. Os tratamentos aplicados aos animais foram: controle: a base de farelo de soja; sem levedura- 50%ULL: substituição de 50% do farelo de soja pela uréia de lenta liberação; sem levedura- 100%ULL: substituição de 100% do farelo de soja pela uréia de lenta liberação; com levedura- 50%ULL: substituição de 50% do farelo de soja pela uréia de lenta liberação; com levedura- 100%ULL: substituição de 100% do farelo de soja pela uréia de lenta liberação. O consumo de matéria seca e de nutrientes foi maior (P<0,05) nas vacas lactantes que receberam a dieta controle em comparação as demais e nas que receberam a dieta com substituição parcial em relação as que receberam substituição total do farelo de soja pela ULL. Em vacas não lactantes, o consumo não foi alterado pelas dietas experimentais. Os coeficientes de digestibilidade de matéria seca foram menor em vacas lactantes que receberam a dieta controle em relação as demais, e nas 50% ULL em relação as 100%ULL. Já em vacas não lactantes as dietas com 50% ULL apresentaram maior digestibilidade. Vacas recebendo a dieta controle apresentaram maior produção de leite que as demais. Uma maior produção de leite em dietas com substituição parcial foi observada em relação as que receberam dietas com 100% de substituição. A gordura não foi alterada pela substituição do farelo de soja e nem pela levedura. Vacas que receberam a dieta com 50%ULL apresentaram maior % de proteína do leite (Ptn) do que as que receberam 100%ULL. A dieta controle apresentou uma tendência de um balanço energético (BE) maior do que as demais em vacas lactantes, e foi a única que apresentou BE positivo. Em vacas não lactantes, dietas com 100%ULL apresentaram o pior BE, porém todas as dietas apresentaram BE, variação de peso corporal e variação de escore corporal positivos, sendo que a VPC foi maior nas vacas que receberam a dieta controle. Já em vacas lactantes, a VPC foi negativa em todas as dietas, e VEEC foi positiva somente na dieta controle, mostrando que as vacas perderam peso. Em vacas lactantes, o nitrogênio ureico (NU) no leite e urina não foram alterados. Vacas de alto potencial produtivo em dietas controle apresentaram menor NU no sangue, em vacas de médio potencial, não houve diferenças entre as dietas experimentais. em vacas não lactantes o NUU e o NUS foram semelhantes entre as dietas experimentais. Em vacas lactantes, dietas com silagem de cana-de-açucar com alto níveis de NNP não atenderam os requisitos nutricionais, pois reduziram o consumo, levando a um balanço energético e de nitrogênio negativo, proporcionando perda de peso e redução na produção de leite, sendo que a substituição total do farelo de soja, reduziu ainda mais o consumo e a produção. Em vacas não lactantes, silagem de cana-de-açucar com alto níveis de NNP proporcionaram bom consumo, e ganho de peso, no entanto a substituição total do farelo de soja por ULL reduziu o balanço energético, sendo que a dieta controle apresentou maior eficência alimentar e ganho de peso.