Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Leite, Flaviana Lima Guião |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7910
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Resumo: |
Embora a onça parda seja o segundo maior felino das Américas e apresente uma ampla distribuição latitudinal, abrangendo os mais diversos habitats, muito pouco se sabe a respeito de sua morfofisiologia testicular, incluindo o processo espermatogênico. Os parâmetros de biometria corporal e morfofisiologia testicular são de suma importância no desenvolvimento de protocolos para reprodução assistida nas diferentes espécies. Foram estudados no presente experimento nove onças pardas adultas provenientes de cativeiro, estes animais pesaram em média 45Kg com massa testicular média de 7,45 g tendo apresentando assim índice gonadossomático de 0,03%. O volume médio de túbulos seminíferos por testículo foi de 5,2 ml, o que representou cerca de 78% do parênquima testicular. Em relação à massa corporal, cerca de 0,02% desta é alocada em túbulos seminíferos, ou seja, o índice tubulossomático. A onça parda adulta apresentou cerca de 18 metros de túbulo seminífero por grama de testículo. O compartimento intertubular representou cerca de 22% do parênquima testicular, o que equivale à cerca de 1,5 ml por testículo. Já as células de Leydig isoladamente, corresponderam a 8% do parênquima testicular, sendo o índice leydigossomático 0,002%. O espaço intertubular foi caracterizado como sendo do tipo II segundo a classificação de FAWCETT et al. (1973). O diâmetro e altura do epitélio seminífero foram em média 227,37 m e 67,78 m, respectivamente. Os valores registrados neste estudo encontram-se dentro da amplitude observada para as demais espécies já estudadas. Neste estudo, a duração do ciclo do epitélio seminífero foi estimada usando-se injeções intratesticulares de timidina triciada.A duração total do ciclo do epitélio seminífero da onça parda foi calculada em 9,96 dias e como aproximadamente 4,5 ciclos do epitélio seminífero são necessários para que todo o processo espermatogênico seja completado, cerca de 44,8 dias são despendidos na produção de espermatozóides, a partir de uma espermatogônia. A duração da espermiogênese, prófase e demais eventos da meiose da onça parda adulta foram respectivamente 14,08; 15,2 e 1,79 dias. Foram descritos oito estádios do ciclo do epitélio seminífero, através do método da morfologia tubular, o qual se baseia na forma e posição do núcleo das espermátides e na ocorrência de divisões meióticas. Os valores observados na onça parda para a freqüência relativa das fases pré- meiótica, meiótica e pós-meiótica foram respectivamente 4,0; 1,8 e 4,15 dias. O estudo do processo espermatogênico torna-se extremamente relevante, subsidiando com informações básicas o desenvolvimento e sedimentação de tecnologias em reprodução assistida. Embora a onça parda (Puma concolor) seja o segundo maior felino das Américas e apresente uma ampla distribuição latitudinal, muito pouco se sabe a respeito de sua morfofisiologia testicular, incluindo a sua espermatogênese. Neste trabalho estimou- se que na onça parda cerca de 7,7 espermatócitos primários são produzidos a partir de uma espermatogônia do tipo A. O rendimento meiótico foi em torno de 3,0 células, o que equivale a uma perda de 25% no processo meiótico; o rendimento geral da espermatogênese foi de 22,7 células. Cada célula de Sertoli é capaz de sustentar cerca de 12,5 células germinativas, das quais 7,3 são espermátides arredondadas. A onça parda, com aproximadamente vinte e seis milhões de espermatozóides produzidos por grama de testículo por dia, encontra-se classificada entre as espécies de alta eficiência espermatogênica. |