Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Lima, Francisca Zenaide de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9432
|
Resumo: |
Este trabalho foi realizado com o objetivo de analisar os efeitos dos estresses de luz (sombreamento) e água nas eficiências de uso da radiação (EUR) e da água (EUA) pela cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) durante as suas fases de desenvolvimento. Para tal, foram conduzidos dois experimentos (anos agrícolas 1997/98 e 1998/99) na Área Experimental Vila Chaves, no Campus da Universidade Federal de Viçosa, localizada no Município de Viçosa, MG. Com as medições de radiação fotossinteticamente ativa, matéria seca produzida pela cultura, e a área foliar, foram analisados os efeitos dos estresses hídrico (durante as fases vegetativa e de florescimento) e de luz (durante a fase vegetativa), sob os mecanismos de interceptação da radiação fotossinteticamente ativa (RFA) pela soja e as suas EUR e EUA. As análises indicaram que a redução do nível de radiação (sombreamento), durante a fase vegetativa, nos dosséis das plantas de soja não causou modificações no seu poder de interceptação (PI) da radiação fotossinteticamente ativa. No primeiro ano de cultivo da soja, o PI das plantas sombreadas foi de 55%, sendo o PI das plantas que se desenvolveram sob o fluxo normal de radiação de 52%. No segundo ano, a soja sombreada interceptou 31% e a não-sombreada, 35%. Foi observado que as plantas sob deficiência de luz tendem a expandir suas folhas mais rapidamente que as não-sombreadas, apresentando uma área foliar específica maior. Na fase seguinte após serem expostas ao nível normal de irradiância solar, mesmo exibindo menor área foliar, essas plantas conseguiram interceptar a radiação na mesma proporção das plantas que não passaram por estresse de luz na fase anterior. Esses mecanismos de adaptação ao estresse de luz permitiram à soja sombreada uma maior eficiência de uso da radiação (EUR), sendo nos dois experimentos, a EUR das plantas sombreadas superior em 16% a EUR das plantas não-sombreadas. A EUR da soja que recebeu estresse hídrico na fase vegetativa apresentou valores diferenciados de um experimento para outro, ou seja, 0,75 g.MJ -1 no ano agrícola 1997/98 e 1,22 g.MJ -1 no ano agrícola 1998/99, sendo, no primeiro experimento, a interceptação da radiação semelhante à das plantas sem estresse hídrico, e no segundo ano houve redução de 21%. O sombreamento da soja ocasionou considerável redução na EUA da soja, enquanto as plantas que receberam estresse hídrico apresentaram os maiores valores de EUA. |