Embriogênese somática em soja (Glycine max (L.) Merrill)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Calvo, Éberson Sanches
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20181127-154927/
Resumo: Diversos fatores foram investigados a fim de se determinar uma metodologia para regeneração de plantas de soja (Glycine max (L.) Merrill) via embriogênese somática, tendo como base o germoplasma brasileiro de soja. Para isso, cotilédones imaturos foram cultivados in vitro sob diversas condições (regime hormonal, tipo e. concentração de açúcar, etc.). Foram avaliados os parâmetros referentes à embriogênese e a calogênese, assim como observações organográficas e anatômicas. Os resultados obtidos mostraram que altas concentrações (10-25 mg/l) de 2,4-D ou 2,4,5-T (11,5-17,5 mg/l), interrompem a ontogênese do embrióide no estádio globular de desenvolvimento, provavelmente por assegurar o estado meristemático das células. Baixas concentrações destas auxinas promoveram um desenvolvimento precoce dos embrióides. Nessas condições os embrióides eram em sua grande maioria morfologicamente anormais e não puderam ser convertidos em plântulas. A vacuolização precoce das células foi um dos eventos celulares associados a esse processo. Os embrióides tiveram origem multicelular a partir de células da epiderme e sub-epiderme do explante. A sacarose, em concentrações variando de 1,0 a 2,0% foi o açúcar que proporcionou maior eficiência de embriogênese. O processo de indução de embriogênese foi fortemente inibido pela irradiação do explante com raios ϒ. A adição de L-glutamina, L-prolina, caseína hidrolisada, extrato de malte ou extrato de levedura não estimulou a indução de embriogênese. A suplementação com ABA ou BA inibiu a indução de embriogênese e não favoreceu a maturação dos embrióides. As maiores eficiências de embriogênese foram obtidas cultivando-se os explantes na posição abaxial. Tanto a indução de embriogênese quanto a maturação dos embrióides foram fortemente afetadas pelo genótipo da planta doadora do explante. Não foi evidenciada a existência de interação entre genótipo e o meio de cultura (tipo e concentração de auxina). A luz favoreceu a indução de embriogênese, sob altas concentrações de auxina, mas inibiu completamente a maturação dos embrióides. Os embrióides induzidos pelo 2,4,5-T apresentaram uma maior frequência de maturação. Com base nesses resultados foi proposto um protocolo reproduzível para regeneração de plântulas assim como um modelo de origem dos embrióides. A aplicação dessa metodologia na obtenção de somaclones e de plantas de soja transgênicas foi discutida.