Caracterização e alternativas para melhoria operacional da estação de tratamento de efluentes de uma indústria alimentícia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Landim, João Felipe Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Geotecnia; Saneamento ambiental
Mestrado em Engenharia Civil
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3829
Resumo: O cenário brasileiro apresenta o crescimento e desenvolvimento da indústria alimentícia, responsável pelo faturamento de mais de 350 bilhões de reais. Dentro da gama de produtos alimentícios encontram-se os salgadinhos tipo snacks . É fato que existe grande diversidade na produção de alimentos, portanto pode-se esperar que o mesmo ocorra com os efluentes líquidos. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a operação de uma estação de tratamento de efluentes (ETE) em uma fábrica de snacks que recebe efluentes provenientes de duas correntes distintas, uma predominantemente sanitária, e outra originando da lavagem semanal, com características industriais. Amostras foram coletadas em quatro pontos da ETE da fábrica para caracterização físico-química e ecotoxicológica. Foram feitos estudos na fábrica para determinar a vazão e sua variação ao longo de uma semana de produção e a dose de carbonato de sódio necessária para neutralizar os efluentes na entrada do tratamento biológico, composto de um sistema fossa- filtro. Também foram realizados estudos no laboratório para avaliar o potencial do uso de um produto comercial contendo bactérias fermentativas para aumentar a eficiência de remoção de DQO dos efluentes. Os resultados encontrados apontam para a ineficiência da ETE e não atendimento aos padrões de lançamento de efluentes na legislação mineira. Os efluentes da fábrica são agudamente tóxicos e os que entram no sistema fossa-filtro são ácidos e não contém nutrientes suficientes para permitir o tratamento biológico. No laboratório, o tratamento anaeróbio do efluente sanitário por 96 horas, resultou em remoção de 58% da DQO e eliminação do efeito tóxico agudo. Quando o efluente sanitário foi tratado em conjunto com o efluente da lavagem, a remoção de DQO foi de 40%, e a toxicidade aguda não foi removida. A adição do produto comercial não aumentou a remoção de DQO nos dois efluentes.