Genetic structure of Ceratocystis fimbriata populations and spatialtemporal patterns of Ceratocystis wilt
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Etiologia; Epidemiologia; Controle Doutorado em Fitopatologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1058 |
Resumo: | Ceratocystis fimbriata é um patógeno que causa murcha vascular e tem ocasionado perdas em muitas culturas importantes no Brasil, incluindo Eucalyptus spp., Mangifera indica, Ficus carica, Colocasia esculenta e Gmelina arborea. Suspeita-se que algumas populações de C. fimbriata no Brasil sejam espécies crípticas, hospedeiro-especializadas. Foram usados 15 marcadores polimórficos para comparar a diversidade genética entre 13 populações de C. fimbriata coletadas em diferentes espécies hospedeiras, em seis Estados brasileiros. Adicionalmente, foram examinadas 20 populações de C. fimbriata coletadas nos plantios clonais de eucalipto nos Estados de São Paulo (SP), Bahia (BA) e Minas Gerais (MG), usando seis marcadores polimórficos. Também foi avaliado o padrão espacial da doença em 35 parcelas em diferentes plantios clonais de eucalipto, entre estas, quatro áreas de coleta de brotações para enraizamento. Os valores de diversidade gênica da maioria das populações em eucalipo e mangueira dos Estados de MG, BA, Rio de Janeiro (RJ) e SP foram similares aos de populações possivelmente naturais de C. platani e C. cacaofunesta, espécies pertencentes ao complexo C. fimbriata. Valores de índice de associação evidenciaram desequilíbrio de ligações entre as populações do fungo originárias de eucalipto e mangueira. As populações e os genótipos do fungo isolados de eucalipto e mangueira aparentemente estão ligados entre si de acordo com as análises de UPGMA. Em contraste, a população de G. arborea do Pará e F. carica de SP tiveram baixos níveis de diversidade e foram diferentes entre si, e de todas as populações estudadas, sugerindo que elas têm origens diferentes. Algumas populações apresentaram um único genótipo e podem ter sido introduzidas na região por mudas infectadas. Constatou-se, com base nas análises genéticas e de fertilidade, que as populações brasileiras de C. fimbriata pertencem a uma única espécie biológica. Dos 177 isolados analisados em 20 populações do fungo isoladas de plantios clonais de eucalipto em SP, BA e MG, foram identificados 79 genótipos. As diversidades genéticas nas populações de MG e em lgumas da BA foram similares ao esperado para populações nativas do patógeno. Entretanto, algumas das populações apresentaram baixa ou ausência de diversidade genética. Alta diversidade genética foi encontrada nas áreas em que havia pequena propriedade ou floresta do tipo Cerrado antes da cultura do eucalipto, sugerindo que C. fimbriata estava estabelecido no solo antes do plantio dessa cultura. Assim, strains de C. fimbriata isolados de eucalipto parecem ser nativos de algumas áreas de MG e BA. Em contraste, um ou somente poucos genótipos foram encontrados em áreas em que havia pastagens anteriormente ao eucalipto. Adicionalmente, esses genótipos foram encontrados em viveiros ou áreas de coleta de brotações. As populações de C. fimbriata de SP foram relacionadas a algumas das populações da BA, e muitos genótipos encontrados em SP também foram observados na BA. Desse modo, o patógeno pode ter sido introduzido em novas áreas por meio de mudas contaminadas. O padrão espaçotemporal da murcha-de-ceratocysits foi avaliado em 35 parcelas em plantios de eucalipto. A maioria dos plantios estudados apresentou padrão agregado da doença. Assim, pode-se inferir que os plantios podem ter sido infectados via inóculo do solo. Entretanto, em alguns casos, a distribuição de mudas contaminadas pode ter influenciado o padrão espacial da doença no campo. |