Pluriatividade entre produtores de leite de Guiricema e Ubá: reflexões para a ação extensionista
Ano de defesa: | 2009 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento Mestrado em Extensão Rural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4108 |
Resumo: | Essa dissertação estuda o fenômeno da pluriatividade em famílias de produtores de leite de dois municípios mineiros, Guiricema e Ubá, como forma de conhecer as recentes transformações socioeconômicas que ocorrem no meio rural, bem como a ação extensionista em face dessas mudanças. Para isso investiga-se a dinâmica socioeconômica local, as estratégias produtivas e de reprodução social de famílias de produtores de leite e a atuação da Emater-MG. Estudos recentes indicam que as famílias agrícolas têm buscado formas complementares de renda, por meio da inserção de um ou mais membros da família no mercado de trabalho não- agrícola. O múltiplo ingresso de rendas na família agrícola denomina- se pluriatividade, noção que toma corpo a partir da década de 1980, substituindo o termo part-time farming, ou “agricultura em tempo parcial”. Para o presente trabalho, foi feito um levantamento com 32 produtores de leite e 49 filhos de produtores de leite dos dois municípios, a fim de se verificar a ocorrência e a importância da pluriatividade nessas famílias. Os resultados da pesquisa indicam que há baixa ocorrência da pluriatividade nas famílias investigadas, o que sinaliza, principalmente, que os filhos de produtores que trabalham com atividades não-agrícolas tem projetos individuais e urbanos, e não projetos familiares e agrícolas. O esvaziamento populacional do meio rural verificado nos municípios decorre, dentre outros fatores, da falta de infraestrutura rural, da baixa rentabilidade e do tipo de trabalho agrícola. Como conseqüência do despovoamento, observa-se pouca disponibilidade de mão-de-obra para a agricultura, problemas de sucessão produtiva nas propriedades e a introdução de novas culturas agrícolas e equipamentos poupadores de trabalho. Esse contexto produtivo e social dinâmico sinaliza novas demandas para a extensão rural. Contudo, as evidências desse estudo apontam que a extensão rural não modificou suas práticas em função das transformações que ocorrem no meio rural e que a ação extensionista ainda se aproxima dos modelos de “desenvolvimento agrícola” ou “rural”, e não dos modelos de “desenvolvimento local” ou “endógeno”. A fim de melhor compreender essas transformações no meio rural, essa pesquisa segue o balizamento teórico de pluriatividade proposto por Carneiro (2006). |