Concepções de extensão rural por extensionistas do Amazonas
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7613 |
Resumo: | A extensão rural, como atividade prática de técnicas na agropecuária, constitui um importante eixo para o entender o mundo rural atual. O estado do Amazonas possui muitos produtores rurais em todos os municípios, demandando trabalho de extensão rural. Diante disso, nosso objetivo geral foi: descrever e compreender as concepções de extensão rural dos extensionistas amazonenses. Objetivos específicos: (1) Caracterizar as instituições (universidades, órgãos governamentais, movimentos sociais autônomos e ONGs) que realizam extensão rural no Amazonas. (2) Traduzir questionário do espanhol para o português, e aplicá-lo. (3) Identificar e discutir as concepções de extensão rural dos extensionista. Esta pesquisa foi do tipo quantitativa e o instrumento foi um questionário online, composto por perguntas sociodemográficas e relacionadas à Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), e pela escala Crenças sobre a Extensão e Escala de Inovação (Likert). Participaram 60 extensionistas, na faixa de idade entre 25 e 66 anos, sendo 23% de mulheres e 77% homens, de 9 instituições que trabalham direta e indiretamente com ATER no Amazonas. Utilizamos o software SPSS para a organização e análise de dados, usamos a medida de tendência central para caracterizar as concepções de ATER, aplicamos a correlação de Spearman para avaliar a validade do instrumento, quanto a análise de fidedignidade foi feita pelo Alfa de Cronbach. Os resultados indicaram cinco dimensões da concepção extensionista no Amazonas: 1) Difusionista M = 3,52 (DP = 0,59); 2) Dialógica M = 4,41 (DP = 0,35); 3) Culpabilização do produtor M = 3,50 (DP = 0,63); 4) Atitude autocrítica M = 3,90 (DP = 0,59); 5) Participativa M = 4,12 (DP = 0,35). O perfil de concepção que caracteriza a amostra, pela média mais alta foi a dialógica. Essa dimensão concebe a extensão rural e a inovação como processos coconstruídos, nas diversas situações nas quais diferentes atores dialogam, interagem e trabalham juntos de maneira horizontal para alcançar fins diferentes. Os testes de correlação confirmaram os dados da escala Likert, mostrando que a concepção predominante dos extensionistas nesta amostra é dialógica. Com relação às preferências e uso de trabalhos ou níveis de ação priorizados, os extensionistas usam o trabalho a nível individual mais do que preferem, e preferem meios de comunicação mais do que o utilizam. Quanto à identidade profissional como técnico ATER: mulheres extensionistas atribuíram à ATER como principal papel levar melhoria à qualidade de vida dos produtores rurais através do acesso a serviços básicos; para os homens outros objetivos referentes à assessoria técnica pontual receberam porcentagens equivalentes. Isso indica uma dualidade entre assistência técnica pontual e a necessidade de extensão como prática educativa no campo. Os extensionistas também responderam que sua orientação produtiva é decididamente a agricultura convencional moderna, e o de sua instituição é percebida como intermediária, mas com tendências à agricultura convencional moderna. Concluímos que por envolver processos de aprendizagem, educativos, grupais e interação social entre diferentes atores, as Psicologias possuem ricas contribuições para as questões do extensionismo rural, especialmente na região amazônica, por configurar um contexto plural, tanto em relação ao ambiente quanto a questão social. |