Análise das evidências de poder de mercado no segmento de distribuição de gasolina C no Brasil, de 2002 a 2008
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos Doutorado em Economia Aplicada UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/129 |
Resumo: | O setor de distribuição de gasolina C é concentrado em nível nacional e regional. Além disso, existem desvantagens econômicas das firmas entrantes comparativamente às grandes empresas já estabelecidas, relacionadas não apenas às maiores capacidades de armazenamento dos produtos, mas também à localização das bases que, via de regra, são instaladas em regiões próximas as unidades produtoras. Também, não existe uma diversidade de combustíveis substitutos próximos da gasolina C que representem alternativas para o mercado consumidor. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o grau de poder de mercado na distribuição de gasolina C e o impacto sobre o bem-estar social no Brasil, no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2008. O trabalho foi realizado à luz da Teoria da Nova Organização Industrial Empírica (NEIO), sob uma abordagem proposta por Bresnahan (1982). Além disso, foi utilizada uma formulação dinâmica desse modelo, que permitiu identificar o grau de poder de mercado estável no longo prazo. Entretanto, delimitou-se previamente o mercado relevante de produto, álcool hidratado e gasolina C. Os resultados obtidos sugerem que a gasolina C e o álcool hidratado encontram-se no mesmo mercado relevante de produto. As estimativas modelo estático evidenciaram que para, Brasil e regiões, os parâmetros de conduta se revelaram muito distantes do conluio perfeito. Portanto, a hipótese de que existe poder de mercado nas regiões geográficas analisadas não foi aceita. Por outro lado, exceto no caso da região Norte em que o parâmetro de conduta revelou-se estatisticamente não significativo, a hipótese de competição perfeita foi descartada. Já no modelo dinâmico, o parâmetro de conduta estimado para o Brasil não foi estatisticamente significativo. De maneira geral, para os mercados regionais, os resultados obtidos corroboram a rejeição da hipótese de existência de expressivo poder de mercado por parte das empresas distribuidoras de gasolina C. A elevada concentração nos mercados regionais e as barreiras à entrada parecem não serem suficientes para permitir o exercício de poder de mercado pelas distribuidoras de gasolina C. Nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste os parâmetros comportamentais refletiram a elevada competição entre as distribuidoras, não associada às condições estruturais e as características da demanda do mercado consumidor. No Sul e Nordeste, os parâmetros de conduta resultantes foram comparativamente mais elevados. A concorrência intra-regional entre regiões limítrofes, a demanda permanentemente reprimida, em casos isolados, e a demanda elástica em relação ao preço da gasolina C e álcool hidratado podem consistir em elementos impeditivos ao exercício de poder de mercado. Por último, não foi possível verificar perdas de bemestar suficientemente significativas para a sociedade. Esse resultado foi obtido a partir da mensuração do Deadweight Loss (DWL), uma vez que este se revelou baixo em todos os mercados geográficos. Portanto, não ocorreram perdas significativas para a sociedade em decorrência da inexistência de poder de mercado expressivo por parte das distribuidoras de gasolina C. |