Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Priscila Romana da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27650
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Resumo: |
Em virtude da natureza diversa dos produtos de uso doméstico e dos processos industriais, os efluentes urbanos, mesmo após tratamento, podem lançar nos corpos d’água diversos compostos potencialmente tóxicos à biota aquática. Dentre eles estão alguns compostos que apresentam estrogenicidade e são capazes de causar distúrbios no sistema reprodutivo de animais e, até mesmo, de seres humanos. A legislação brasileira determina que o efluente de sistemas de tratamento de esgotos sanitários não deverá causar ou possuir potencial para causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos do corpo receptor, e recomenda o uso de ensaios ecotoxicológicos para avaliar esses efeitos em organismos-teste. Nos últimos anos, devido às preocupações com o bem-estar animal, métodos alternativos foram desenvolvidos visando a substituição de testes de toxicidade aguda com peixes adultos por ensaios com embriões de peixes. Nesse sentido, esse trabalho avaliou a adequabilidade de ensaios com durações de 96 h e 168 h com embriões do peixe Danio rerio em amostras de esgoto sanitário, e a estrogenicidade dos esgotos antes e após tratamento biológico anaeróbio por meio de ensaios in vitro (levedura Saccharomyces cerevisiae) e in vivo (indução de vitelogenina em D. rerio). Para avaliar a adequabilidade dos ensaios com embriões, os resultados obtidos foram comparados aos ensaios agudos e crônicos com os peixes adultos e larvas de D. rerio e com o microcrustáceo Ceriodaphnia dubia. Os resultados demonstraram que o tratamento anaeróbio, apesar de apresentar todos os valores dos parâmetros físico- químicos abaixo do exigido pelas legislações, não removeu a toxicidade do esgoto, e foi classificado como extremamente tóxico para larvas de peixe e para o microcrustáceo, e altamente tóxico para os embriões de peixe. Os ensaios com embriões se mostraram adequados para a avaliação de toxicidade aguda e crônica em esgotos sanitários, sendo que o ensaio de 96 h apresentou sensibilidade similar à do ensaio agudo com peixe adulto. Não foram identificadas diferenças significativas na indução de vitelogenina entre os organismos expostos aos esgotos em comparação ao controle. No entanto, o ensaio in vitro demonstrou que o tratamento realizado aumentou a estrogenicidade da amostra de 27 para 40 ng equivalentes de 17-β estradiol (EQ-E2) L -1 , resultado reforçado pela maior indução de vitelogenina nos peixes machos expostos às concentrações de 5% (2,73 μg.g -1 ) e 20% (2,12 μg.g -1 ) do esgoto tratado em comparação com as mesmas concentrações do esgoto bruto (0,174 μg.g -1 na exposição de 5% e 0,188 μg.g -1 em 20%). Palavras-chave: Danio rerio. Estrogenicidade. FET. Reator UASB. Vitelogenina. YES. |