Remoção de fluoreto da água com o uso de Eichhornia crassipes: otimização do processo com adição de fitormônios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vaz, Lucas Rafael Lommez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Engenharia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30692
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.144
Resumo: A fitorremediação como estratégia de tratamento de águas contaminadas têm se destacado e ocupado relevante espaço por serem relativamente menos onerosas e complexas que outros métodos robustos e altamente mecanizados. Além disso, são passíveis de serem aplicadas de maneira descentralizada, ampliando a cobertura de serviços de saneamento. A presença de fluoreto (F - ) em elevadas concentrações nas águas para abastecimento representa um grave risco às populações consumidoras e é, sem dúvidas, um desafio moderno de saúde pública em várias regiões do mundo. Dessa forma, é preciso que se adequem ou se reduzam as concentrações de F - em água ao nível considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (≤1,5 mg L -1 ) com estratégias acessíveis e eficientes, especialmente para comunidades periurbanas. Para o fluoreto, a fitorremediação é um método ainda pouco explorado e, sendo assim, há bastante margem para avanços. Portanto, neste trabalho, objetivou-se abordar a fitorremediação de fluoreto incluindo adição exógena de fitormônios como estratégia para potencializar o acúmulo de íons F - e atenuar seus efeitos fitotóxicos, fazendo-se, primeiramente, um levantamento do atual estado da arte que incluiu análises bibliométricas por meio do programa VosViewer. Em seguida, são relatados experimentos sobre a fitorremediação de águas artificialmente contaminadas com F - empregando plantas da espécie Eichhornia crassipes. Primeiramente, em laboratório, dois experimentos multivariados (filtragem definitiva e delineamento composto central) com duração de 10 dias cada foram realizados avaliando-se as variáveis concentração inicial de F - (5~15 mg L -1 ), concentração de P (1~10 mg L -1 ), pH (5~9) e os fitormônios auxina (0~10 µM) e giberelina (0~50 µM). Então, com os resultados obtidos foi estruturado outro experimento, agora em mesocosmo, com wetlands construídas, comparando-se 3 tempos de retenção hidráulica (2, 5 e 10 d), leitos plantados e não-plantados e suplementação de auxina (2,5 µM) por 70 dias. Determinações de F - foram realizadas em solução e nos tecidos de plantas por potenciometria. Concluiu-se que os estudos acerca da fitorremediação de águas contaminadas com F - , observados em bases de dados, são limitados, porém com tendência de crescimento para os próximos anos. E. crassipes apresentou bom desempenho para acumular F - em solução, mesmo apresentando alguns danos morfológicos e histológicos, sendo assim uma potencial candidata para fitorremediação deste contaminante. A aplicação de giberelina (GA 3 ) não mostrou efeito significativo no intervalo testado, ao passo que auxina contribuiu para que as plantas apresentassem maiores remoções de F - , que se acumulou majoritariamente na parte aérea. Dentre as wetlands construídas avaliadas, as plantadas com E. crassipes e com TRH de 5 d apresentaram o melhor desempenho na fitorremediação de águas ricas em fluoreto, aliando elevadas remoções de carga, redução na concentração inicial e comportamento estável. Palavras-chave: Flúor. Aguapé. Análises bibliométricas. Plantas acumuladoras. Sistemas alagados construídos.