Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Batista, Lucimar Moreira Guimarães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10863
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Resumo: |
Tratou-se de um estudo transversal descritivo realizado em 2014, com agricultores familiares inseridos no Programa de Aquisição de Alimentos-PAA do Banco de Alimentos, no município de Ubá-MG, zona da Mata de Minas Gerais. Objetivou- se caracterizar as condições de saúde e nutrição de agricultores familiares e a percepção sobre sua participação no PAA. Foi selecionada aleatoriamente amostra representativa (n=58) dos agricultores familiares inscritos no PAA do Banco de Alimentos-BA do município de Ubá (N=168), incluindo participantes de ambos os sexos na faixa etária acima de 19 anos. As condições de saúde e nutrição foram avaliadas por meio de história de doenças pré-existentes auto referidas, uso de medicamentos, oferta e demanda por serviços de saúde, exames bioquímicos, diagnóstico do estado nutricional por antropometria, indicadores de risco de doenças crônicas não transmissíveis a partir de exames bioquímicos e medidas antropométricas e de deposição de gordura corporal e consumo alimentar. Para avaliar a percepção sobre a participação do agricultor familiar no PAA foi utilizada a entrevista semi-estruturada. Para análise dos dados, utilizou-se os softwares Diet Pro, versão 5.i e SPSS versão 22. A média da idade dos participantes foi de 48 anos, com maioria do sexo masculino 67,24% (n=39), de faixa etária adulta 86,2% (n=50), casados 87,9% (n=50) e com ensino fundamental 65,5% (n=38). O sexo masculino foi predominante entre os inseridos do PAA, embora tenha uma importante participação do sexo feminino principalmente no cultivo e manejo de hortaliças, legumes e frutas. Maior parte da renda familiar 91,4% (n=55) origina-se da atividade agrícola. A maioria dos agricultores familiares 71,4% (n=43) faz uso de agrotóxicos. Prevaleceu faixa etária adulta com ensino fundamental, casados, mão-de-obra familiar e as práticas agrícolas manuais de capina e colheita são predominantemente executadas por adultos jovens. O uso da tecnologia está presente para as atividades de aração e irrigação. Os problemas de saúde e desvios nutricionais encontrados foram semelhantes aos do meio urbano, sendo frequente o sobrepeso, a obesidade, o risco muito aumentado de DCV, excesso de gordura abdominal, dislipidemias e presença de indicadores bioquímicos de inflamação crônica de baixo grau. A hipertensão (27,6%) e a hipercolesterolemia (13,8%) tiveram maiores frequências; a maioria dos participantes apresentou sobrepeso, risco muito aumentado de Doença Cardiovascular (DCV) e excesso de gordura abdominal. Para maioria dos agricultores avaliados, o número de refeições diárias foi adequado, o consumo alimentar foi variado, incluindo alimentos de vários grupos alimentares do Guia Alimentar para a População Brasileira. O consumo de frutas e hortaliças foi adequado. O consumo energético foi estimado pelo valor energético dos alimentos considerando a necessidade estimada de energia. Houve um consumo de energia acima do EER de aproximadamente de 11,60% e 24,36% para os sexos feminino e masculino, respectivamente. Comparando-se com as DRIs, a ingestão de cálcio foi baixa e a de sódio alta e quanto a qualidade de lipídios verificou-se consumo inferior ao percetual recomendado para w-3 e w-6 e elevado consumo de trans. Os principais significados de fazer parte do PAA foram melhora da renda e da economia familiar podendo possibilitar investimentos nas propriedades, na agricultura, na saúde e alimentação da família. Conclui-se que apesar dos participantes viverem em meio rural o perfil de saúde e nutrição foi similar ao descrito para populações que reside no meio urbano, com a presença de DCNT, exceto que o consumo de frutas e hortaliças foi adequado. Este é um aspecto positivo que melhora a qualidade da dieta repercutindo em melhoria das condições de saúde e nutrição das futuras gerações. |