Segurança alimentar e indicadores nutricionais de agricultores familiares expositores em feiras livres de Viçosa-MG e suas percepções referentes à pandemia da COVID-19 e condições de vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rezende, Isabella de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Agroecologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31273
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.351
Resumo: Introdução: A Segurança Alimentar e Nutricional envolve aspectos no que se refere a produção de alimentos, acesso, disponibilidade, qualidade e práticas alimentares. Com a chegada do vírus Sars-Cov-2, as medidas de tentativa de contenção do mesmo levaram a bloqueios de estradas, fechamento de comércios e feiras livres, e consequentemente perda financeira para os agricultores familiares. Muitos produtores que dependiam de feiras livres para exposição e comercialização de seus produtos tiveram sua renda diminuída ou comprometida nesse período. Objetivo: Avaliar a situação de (In) Segurança Alimentar e indicadores nutricionais de agricultores familiares expositores em feiras livres locais e suas percepções referente ao impacto da pandemia da COVID-19 em suas condições de vida. Metodologia: foram avaliados agricultores familiares, maiores de 18 anos, que expõem seus produtos em feiras livres locais. Um questionário foi aplicado contendo informações demográficas, socioeconômicas, de consumo alimentar e da percepção do impacto da pandemia nas condições de vida. A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) foi utilizada para o diagnóstico da Segurança Alimentar (SA). A avaliação do estado nutricional foi feita pelo Índice de Massa Corporal. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (parecer n. 5.401.008). As análises estatísticas foram conduzidas no software R versão 4.0.5, adotando-se nível de significância de p<0,05. A comparação das variáveis categóricas entre os grupos de InSA e SA foi realizada pelo teste Qui-quadrado. A Oddis Rattio foi utilizada para determinar a magnitude de associação entre a InSA e cada variável analisada. Resultados: No estudo realizado 52,3% (n = 35) dos agricultores estavam em situação de InSA. Observou-se que participar de programa governamental, ter maior disponibilidade energética diária per capita e possuir abastecimento de água da rede pública apresentou relação com a SA. Quanto maior a pontuação na EBIA menor a disponibilidade energética, de carboidratos, proteínas e lipídeos per capita diária. A maioria dos agricultores, independente da situação de SA ou InSA, relataram ter feito trocas alimentares durante a pandemia, sendo que foi observado aumento no consumo de arroz e redução no consumo de carne bovina. Considerações finais: A paralisação das feiras livres agravou a situação dos agricultores familiares expositores, já que,muitas vezes, a venda dos seus produtos nesses locais é sua única ou principal fonte de renda. Estratégias devem ser tomadas para minimizar o impacto da pandemia na saúde e alimentação dessa população. Portanto, são necessárias medidas governamentais que visem garantir condições socioeconômicas e segurança alimentar, assegurando assim o direito a todos a alimentação em qualidade e quantidades suficientes. Palavras-chave: Agricultura Familiar. COVID-19. Feiras Livres. Segurança Alimentar.