Qualidade pós-colheita de goiaba (Psidium guajava L.) submetida a tratamento hidrotérmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Vieira, Stella Maria Januária
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9684
Resumo: A goiaba (Psidium guajava L.), pertencente à família Myrtaceae, é originária da América tropical. Atualmente, esta espécie encontra-se amplamente difundida por todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo. O Brasil, considerado um dos maiores produtores de goiaba, produziu cerca de 300 mil toneladas no ano de 2000. A pesquisa científica tem buscado alternativas ecologicamente corretas para o controle de insetos-praga e, neste sentido, os tratamentos físicos (aplicação de calor, frio ou radiação ionizante) estão sendo intensivamente investigados. Atualmente, ainda não existe um tratamento quarentenário adequado e eficiente para o controle das moscas-das-frutas em goiabas, em razão destas serem extremamente suscetíveis à temperaturas elevadas. A ovoposição das moscas-das-frutas ocorre a uma profundidade de 5 mm na goiaba e a temperatura letal para os ovos das moscas, nesta profundidade , é 42 oC. Este trabalho teve por objetivos: (a) estabelecer uma combinação de temperatura e tempo de imersão em água quente, para matar ovos de moscas-das-frutas em goiabas e (b) avaliar parâmetros relacionados à qualidade física e fisiológica do produto tratado hidrotérmicamente com a combinação estabelecida no item (a). Para a obtenção da distribuição de temperatura no interior dos frutos, usou-se um recipiente cilíndrico com capacidade para 65 L de água, contendo isolamento térmico nas laterais e na sua base. O aquecimento da água, no recipiente (banho- maria) foi controlado por um termostato previamente calibrado do tipo “T”. As temperaturas no interior dos frutos foram obtidas através de sondas termoelétricas (agulhas hipodérmicas) ligadas ao sistema de aquisição de dados. As distribuições de temperatura em duas profundidades do produto (7 e 15 mm) foram investigadas para os frutos de goiaba imersos em água a diferentes temperaturas: 47 oC (±2), 49 oC (±2) e 51 oC (±2). Após a escolha da temperatura e do tempo de imersão adequados, os frutos foram submetidos ao tratamento hidrotérmico e pré-resfriados em água a 10 oC com fungicida e armazenados em câmaras a 8 ± 0,2 oC e 22 ± 0,2 oC com UR = 98%. As avaliações físicas do produto foram realizadas durante o período de armazenamento. Para a obtenção de uma temperatura de 42 o C em uma profundidade de 7 mm no fruto (letal para ovos de moscas das frutas), foram necessários tempos de imersão do produto de 6, 1 e 1 minutos quando a temperatura da água se encontrava a 47 oC (±2), 49 oC (±2) e 51 oC (±2), respectivamente. A combinação de temperatura e tempo de imersão escolhida para o tratamento dos frutos foi 47 ± 2 oC durante 6 minutos. O tratamento hidrotérmico a 47 ± 2 oC, durante 6 minutos.Este tratamento não afetou no amarelecimento, na perda de massa e na firmeza dos frutos nas duas temperaturas de amazenamento avaliadas. Não foram observadas ascensões climatéricas nas produções de CO 2 e etileno.