Utilização de película de fécula de mandioca como alternativa à cera comercial na conservação pós-colheita de frutos de goiaba (Psidium guajava)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Oliveira, Marcelo Alvares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-20191218-151326/
Resumo: No Brasil, muito se perde da produção agrícola durante o armazenamento na fase pós-colheita. Com o intuito de estabelecer as condições necessárias para prolongar a vida pós-colheita de frutos de goiabas, visando a exportação via aérea sob armazenamento a temperatura ambiente em bandejas plásticas, conduziu-se o presente trabalho. Os frutos de goiaba da variedade "Kumagai" foram colhidos manualmente em 24/04/95, ao atingirem o ponto de maturação fisiológica. Do lote de frutos foram selecionados os 84 mais uniformes, quanto à coloração e ponto de maturação, sendo que para cada tratamento foram separados 3 frutos para acompanhamento diário (grupo controle - para análise de perda de massa, cor, respiração) e 18 frutos reservados para análises destrutivas, realizadas de 4 em 4 dias (grupo destrutivo - para análise de textura, sólidos solúveis totais, acidez total titulável, pH, açúcares redutores e vitamina C). Os frutos foram mergulhados em água quente (50°C) a uma concentração de 0,5g/l de benomyl, durante 5 minutos, afim de prevenir o aparecimento de podridões causadas por fungos. Aos frutos foram aplicados 4 tratamentos: testemunha, cera sta-fresh 1:9, película de fécula (3%), película de fécula (5%). A utilização da cera Sta-fresh na concentração 1:9 diminuiu significativamente a perda de massa, mas não conseguiu prolongar a vida pós-colheita dos frutos de goiaba em relação à testemunha, devido ao aparecimento de podridões, especialmente a antracnose. Já a aplicação de películas de fécula de mandioca impediu a maturação dos frutos, acarretando distúrbios fisiológicos nos mesmos. Os frutos não desenvolveram a coloração e a textura desejadas e obtiveram ao longo do experimento menores valores de vitamina C. Com o intuito de se comparar os extremos de concentrações da cera Sta-fresh (1:9) e (1:1) e de ajustar a concentração da formulação de fécula se fez necessário a implantação de outro experimento. Os frutos foram colhidos manualmente dia 01/06/95. Foram selecionados os 92 mais uniformes, sendo que para cada tratamento foram mantidos 5 frutos para acompanhamento diário (grupo controle) e 18 frutos reservados para análises destrutivas, realizadas de 4 em 4 dias (grupo destrutivo). Aos frutos foram aplicados 4 tratamentos: testemunha, cera sta-fresh (1:1), película de fécula (1%), película de fécula (2%). A utilização da cera sta-fresm na concentração 1:1 diminuiu ainda mais a perda de massa e consegui prolongar a vida pós-colheita dos frutos de goiaba, diminuindo o aparecimento de podridões. O inconvenientemente desta concentração foi uma diminuição nos teores de sólidos solúveis totais e de açúcares redutores dos frutos a partir do 8° dia de armazenamento. A influência negativa na textura coloração e nos teores de vitamina C observada nos frutos tratados com as películas de fécula nas concentrações (3%) e (5%) (experimento 1), não foi observada no experimento 2 com menores concentrações (1%) e (2%). A utilização de películas de fécula em substituição a ceras comerciais é viável, sendo necessário ajustes e estudos de formulações com intuito de diminuir ainda mais a perda de massa nos frutos.