Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Hugo Humberto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/29058
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Resumo: |
O glifosato é o herbicida mais utilizado em escala global. No entanto, seu uso pode impactar espécies não-alvo em áreas de vegetação nativa. O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas promovidas pelo glifosato em folhas e caule de J. princeps, buscando identificar biomarcadores úteis no monitoramento ambiental. Para tal, mudas de J. princeps com três meses de idade (n=4) foram expostas a aplicação aérea de glifosato ( RoundUp Original ® DI ) nas doses de 0, 180, 360, 720 e 1440 g.ia.ha -1 . Decorridos 12 dias após a aplicação, foram feitas análises visuais, análises de trocas gasosas, pigmentos fotossintéticos, quantificação de ácido chiquímico, peroxidação lipídica, enzimas antioxidantes, ensaio cometa, morte celular in situ e anatomia em folhas e caules. Visualmente, em folhas de plantas expostas ao glifosato, ocorreram cloroses, encarquilhamentos, redução na expansão foliar e necroses, e em caules ocorreram manchas escuras e ranhuras superficiais. Houve o aumento no teor de ácido chiquímico, redução da assimilação de CO 2 (A), da condutância estomática (gs), da transpiração foliar (E) e do teor de clorofilas a, b e total. Ocorreu estresse oxidativo promovendo aumento da peroxidação lipídica e das atividades das enzimas superóxido dismutase (SOD) e peroxidase (POX). O glifosato promoveu genotoxicidade dose-dependente e morte celular em todas as doses. Anatomicamente, em folhas, ocorreu o colapso de células epidérmicas, retração do protoplasto, formação de tecido de cicatrização, redução visual de espaços intercelulares, alterações nos cloroplastos acompanhados de redução de amido, surgimento de projeções de parede celular, aumento de compostos fenólicos, alteração nos tecidos de condução. Nos caules ocorreram colapso de células epidérmicas, alterações no câmbio vascular e nos tecidos de condução. Estes resultados demonstram que J. princeps foi sensível ao glifosato, que promoveu alterações mesmo na ausência nos danos visuais. Os biomarcadores identificados em J. princeps foram úteis na avaliação de danos promovidos pelo glifosato. Em adição, J. princeps é uma espécie promissora em estudos de biomonitoramento de glifosato no ambiente. Palavras-chave: Biomarcadores. Mata Atlântica. Pesticida. |