Influência da temperatura no desenvolvimento e na reprodução de Podisus nigrispinus (Dallas) (Heteroptera: Pentatomidae) e no desenvolvimento de sua presa, Alabama argillacea (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Medeiros, Rômulo Sátiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10788
Resumo: O objetivo da pesquisa foi estudar, em laboratório, a influência da temperatura no desenvolvimento e na reprodução do predador Podisus nigrispinus (Dallas) e no desenvolvimento de sua presa, Alabama argillacea (Hübner). A duração da forma imatura de P. nigrispinus de indivíduos que originaram machos e fêmeas variou de 19,0 (33 °C) a 73,3 (17 °C) dias, e de 18,0 (33 °C) a 74,4 (17 °C) dias, respectivamente; enquanto a sobrevivência variou de 1,1 (33 °C) a 64,3% (28 °C). A duração e sobrevivência da fase de ovo de A. argillacea variou de 2,0 (28, 30 e 33 °C) a 5,0 (20 °C) dias, e de 19,0 (33 °C) a 93,0% (20 °C), respectivamente; a duração e sobrevivência da fase de lagarta variou, respectivamente, de 9,2 (33 °C) a 19,0 (20 °C) dias, e de 50,0 (33 °C) a 84,0% (23 e 25 °C); a duração e sobrevivência da fase de pré-pupa variou de 1,0 (23, 25, 28, 30 e 33 °C) a 1,6 (20 °C) dias, e de 88,0 (33 °C) a 100,0% (28 °C), respectivamente; e a duração e sobrevivência da fase de pupa variou de 5,0 (33 °C) a 13,7 (20 °C) dias, e de 75,6 (28 °C) a 100,0% (23 °C), respectivamente. Nenhum indivíduo de P. nigrispinus e de sua presa, A. argillacea, submetido a 35 °C completou seu desenvolvimento. Os baixos valores de R 2 obtidos para os modelos de Davidson e de Stinner et al. indicaram que estes modelos não são adequados para estimar o tempo de desenvolvimento de P. nigrispinus e de sua presa, A. argillacea, em função da temperatura. Entretanto, os altos valores de R 2 obtidos para os modelos de Sharpe & DeMichele e de Lactin et al. indicaram que estes modelos estimam, adequadamente, o tempo de desenvolvimento de P. nigrispinus e de sua presa, A. argillacea, em função da temperatura. A fecundidade de P. nigrispinus variou de 401,2 (33 °C) a 841,3 (28 °C) ovos por fêmea. A pré- oviposição, a alta fecundidade e o declínio de fecundidade de P. nigrispinus foram afetados pela temperatura [pré-oviposição: 4,0 (33 °C) a 13,2 (20 °C) dias; duração da alta fecundidade: 9,0 (33 °C) a 33 (20 °C) dias; e a duração do declínio de fecundidade: 16,0 (33 °C) a 46,0 (20 °C) dias]. A longevidade de fêmeas e machos de P. nigrispinus variou, respectivamente, de 28,4 (33 °C) a 88,6 (20 °C) dias, e de 42,7 (33 °C) a 114,3 (20 °C) dias. As estatísticas utilizadas para avaliar a resposta numérica de P. nigrispinus variaram com a temperatura. Assim, a taxa bruta (TBR) e líquida (R o ) de reprodução variou de 1,6 a 366,6 e de 0,02 a 189,5 fêmeas/fêmea, a 33 e 28 °C, respectivamente; a duração de uma geração (DG) variou de 33,3 (33 °C) a 85,5 (20 °C) dias; o tempo necessário para a população do predador dobrar em número de indivíduos (TD) variou de 0,82 (33 °C) a 17,8 (20 °C) dias; a razão infinitesimal de aumento (r m ) variou de – 0,13 (33 °C) a 0,12 (28 °C) por dia; e a razão finita de aumento ( λ ) variou de 0,88 (33 °C) a 1,12 (28 °C) fêmeas/fêmea adicionadas a população por dia.