Geoambientes, pedogênese e uso da terra no setor norte do Parque Nacional da Serra do Divisor, Acre
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química, Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5392 |
Resumo: | O Parque Nacional da Serra do Divisor, localizado na região do Alto Juruá, no extremo oeste do Estado do Acre, possui extensão territorial de 784.077 hectares coberta, em grande parte, por vegetação florestal primária, apresentando elevada biodiversidade. No presente trabalho, foram caracterizadas e mapeadas as unidades geoambientais e o uso da terra no setor norte do Parque (319.373 ha), bem como estudados aspectos pedogenéticos ao longo de uma topossequência na Serra do Divisor e solos aluviais do Rio Môa, no noroeste do Acre. Para a identificação, caracterização e delineamento das unidades geoambientais foram utilizados dados pedológicos, geomorfológicos e florísticos, obtidos do Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre (2006), dados de altimetria da imagem SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission), mosaico digital semi-controlado de aerofotos verticais, perfis de solos e observações de campo. O uso da terra foi mapeado e quantificado, por meio da imagem do satélite Landsat 5 TM de 2005 (bandas 5,4 e 3) e as aerofotos verticais, além das observações de campo. No estudo pedológico, foram analisados atributos físicos, químicos, mineralógicos e micromorfológicos dos solos da Serra do Divisor e várzea do Rio Môa, elucidando-se os fatores e os processos de formação desses solos no noroeste do Acre. Foram identificadas 9 unidades geoambientais, a saber: (i) Encostas e vales profundos florestados da Serra do Divisor em solos pouco desenvolvidos; (ii) Topos serranos com Floresta de Ceja sob solos arenosos; (iii) Encostas e Vales encaixados florestados com solos eutróficos; (iv) Planície Fluvial do Alto Rio Môa com solos eutróficos; (v) Vales do Alto Rio Môa com Florestas de Bambu sob solos eutróficos; (vi) Colinas e Tabuleiros Dissecados Florestados do Alto Rio Môa e Azul com solos eutróficos; (vii) Colinas e Tabuleiros Florestados com solos alumínicos; (viii) Planície Fluvial do Médio Rio Môa e afluentes com solos alumínicos e; (ix) Depósitos arenosos de sopé com Buritizais em solos distróficos. O uso da terra foi classificado em áreas com atividade agropecuária e áreas em regeneração, representando 1,15% e 0,43% do setor norte e entorno do PNSD, respectivamente. De modo geral, o Noroeste do Acre apresenta ambientes característicos da região Andina, destacando-se a Floresta de Ceja no topo da Serra do Divisor. Estas elevações constituem importantes ecossistemas com elevada biodiversidade, representando um grande atrativo para pesquisa científica e ecoturismo na região. O uso da terra prevalece nas margens dos rios, indicando atividades com baixo impacto. São necessários aprofundamentos no zoneamento do Parque, em razão do baixo impacto no uso da terra. Os solos da Serra do Divisor apresentam acúmulo expressivo de material orgânico nos horizontes superficiais, devido, em grande parte, à pobreza química do material de origem, com teores elevados de Al trocável, ou ainda, associado a uma cobertura vegetal de difícil decomposição. A textura arenosa destes solos, com elevada porosidade, associada à precipitação elevada da região, favorece a migração dos compostos orgânicos ligados a formas pouco cristalinas de Fe e Al. As descontinuidades sedimentológicas representam um fator dominante na gênese dos solos da várzea do Rio Môa. Estes solos apresentam evidências da presença de minerais 2:1 com hidroxi entrecamadas nos horizontes subsuperficiais. |