Pedogênese em platôs de canga ferrífera e basaltos na Serra dos Carajás - PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Corrêa, Guilherme Resende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química,
Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1619
Resumo: No interflúvio entre os rios Xingu e Araguaia/Tocantins no Estado do Pará, sobressai a grande Serra dos Carajás, mundialmente conhecida pelas enormes reservas minerais, especialmente as de ferro. O ambiente transicional entre cerrado e floresta amazônica ajudou a criar quadros paisagísticos únicos, sustentados por uma grande variedade de solos. Dentre os ambientes, destaca-se neste estudo os relacionados às formações ferríferas bandadas e aos basaltos que, por milhões de anos, dão forma a amplos platôs de canga ferrífera ou profundos saprolitos recobertos por latossolos no caso das rochas máficas. Tais ambientes são sublinhados por terrenos contrastantes aos padrões regionais que geralmente compõem colinas extensas e de pouco declive. Análises texturais, químicas, mineralógicas e microquímicas foram feitas com o intuito de conhecer a gênese e os materiais que originaram parte dos solos nas Formações Carajás e Parauapebas. Os resultados mostram que os solos dos platôs ferríferos de Carajás formaram-se da alteração das cangas superficiais, remanescentes de ciclos pedogenêticos pretéritos, com exceção do perfil P9C, por ter recebido aporte alóctone de materiais da Formação Águas Claras. O ferro foi preferencialmente perdido nos perfis e, elementos como Al e Ti concentraram-se nos solos. Esse processo foi mais intenso em P10C, por situar-se em ambiente hidromórfico. O clima atual com precipitações acima de 2000 mm anuais, está dissolvendo/ alterando as cangas ferruginosas em superfície e formando solos com plasma ferro-aluminoso. Nas áreas compostas por rochas máficas o processo é semelhante ao que vem ocorrendo nos platôs derivados de jaspilitos, sendo que a couraça laterítica rica em ferro, observada em várias porções das bordas dos platôs da Formação Parauapebas, a exemplo do perfil P15P, ainda permanecem na paisagem devido à condição de melhor drenagem (os platôs são os locais em que a drenagem começa a se definir, onde iniciam-se os cursos d água) e cujo lençol freático exerce menor influência, mantendo um pedoclima menos úmido. Nessas condições a degradação das concreções hematíticas é menor e sua estabilidade émantida por mais tempo em relação aos solos mais afastados das bordas. Em pedoclimas mais úmidos as concreções hematíticas alteram-se para goethita e gibbsita, a exemplo dos solos mais centrais do platô (P16P, P1P, P2P, P3P, P4P, P5P e P7P).