Geoambientes e pedogênese do Parque Estadual do Ibitipoca, município de Lima Duarte (MG)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Dias, Herly Carlos Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7926
Resumo: Foram realizados dois estudos na área do Parque Estadual do Ibitipoca (PEI), Minas Gerais: o primeiro com a finalidade de identificar, mapear e caracterizar os geoambientes do parque; e o outro com o objetivo de caracterizar alguns dos solos mais representativos e a pedogênese dos diferentes geoambientes. Foram feitas coletas de solos georreferenciados por GPS (Geographic Position System), foto- interpretações a partir de ortofotos e uso de mapas planialtimétricos, além de intenso levantamento de campo. Oito geoambientes foram identificados e caracterizados: Patamares com Espodossolos, Cristas Ravinadas, Escarpas, Grotas, Mata Baixa com Candeia, Mata Alta sobre Xisto, Topos Aplainados e Rampas com Vegetação Aberta. A vegetação associada a cada um é fortemente condicionada pela profundidade do solo e pelo tempo de permanência de água no sistema. Os ambientes de mata, tanto sobre xistos quanto sobre quartzitos, sofrem menor estresse hídrico seja por melhores condições físicas do solo e maior retenção de água, seja pelo próprio ambiente mais ombrófilo e úmido, como nas Grotas. Nestes geoambientes as concentrações de P e K se mostraram mais elevadas do que nos ambientes campestres abertos. Na Mata Baixa com Candeia, a pobreza química do ambiente parece ser limitante da não-ocorrência de uma floresta mais densa. Nos Campos de Altitude, as cotas elevadas parecem relacionadas com o estabelecimento desta vegetação, que diferem dos campos rupestres por estarem sobre solo mais profundo. Em geral, os solos estudados são álicos, com valores de saturação de Al superiores a 80% no horizonte A1, eletronegativos e com acentuado distrofismo. A CTC existente é quase exclusivamente atribuível à fração orgânica, em virtude da atividade muito baixa da fração argila dos solos. Os resultados indicaram a presença destacada de formas pouco cristalinas de Fe, a exemplo do descrito em solos em condições de altitude. Com acúmulo de carbono orgânico, há inibição da cristalização de óxidos de Fe ou Al. A vegetação que se desenvolve em solos O/R e Espodossolos apresenta maior concentração de N onde se verifica maior atividade de algas fotoautotróficas e fixadoras deste elemento. Observa-se que nitrogênio e bases são os elementos de maior concentração nas folhas e na casca da vegetação, e esse comportamento é comum em todos os solos onde haja forte ocorrência de liquens fixadores de N. Com relação ao carbono orgânico total, há diminuição esperada com a profundidade, mesmo nos perfis que apresentam descontinuidade. O fracionamento do carbono orgânico revelou predominância das frações humina e ácidos húmicos sobre a fração ácidos fúlvicos. No entanto, a relação entre as frações ácido húmico:ácidos fúlvicos tende a diminuir em profundidade devido à mobilidade da fração ácido fúlvico. Observou-se correlação entre o carbono orgânico mineralizável (COM) e a fertilidade do solo, destacando-se fósforo e potássio.