Anatomia e histolocalização de alumínio em espécies herbáceas e subarbustivas do Cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Castro, Laísa Maria de Resende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática
Mestrado em Botânica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
nio
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2562
Resumo: A flora do Cerrado é constituída pelo estrato herbáceo-subarbustivo e o estrato arbustivo-arbóreo. O componente herbáceo-subarbustivo é uma flora sensível a variações de clima, solo e déficit hídrico, sendo dominante em vários tipos fitofisionômicos do Cerrado. Os solos deste bioma são ácidos, pobres em nutrientes e possuem elevados teores de alumínio. As plantas nativas utilizam estratégias de exclusão ou de absorção e desintoxificação do alumínio, de modo que não há efeito prejudicial deste metal para o crescimento vegetativo, reprodução e para as funções metabólicas dessas espécies. Algumas espécies do Cerrado são acumuladoras de alumínio com teores acima de 1g kg-1 de matéria seca. Esse trabalho teve como objetivos: caracterizar anatomicamente espécies herbáceas e subarbustivas do Cerrado da Floresta Nacional de Paraopeba, MG; verificar se as estratégias adaptativas são semelhantes nas espécies desses dois estratos e; histolocalizar os sítios de acúmulo de alumínio visando fornecer subsídios para entender os mecanismos de tolerância ao Al. Amostras foliares e caulinares foram coletadas, fixadas em Karnovsky ou FAA50, e processadas de acordo com técnicas usuais de anatomia vegetal e micromorfologia. Para a caracterização anatômica, foram analisadas doze espécies, dividindo-se em dois grupos: monocotiledôneas com quatro espécies pertencentes às famílias: Iridaceae, Cyperaceae e Poaceae; e eudicotiledôneas com oito espécies pertencentes às famílias Asteraceae, Malvaceae e Rubiaceae. Para a histolocalização de alumínio foram analisadas apenas nove espécies: Aristida riparia (Poaceae); Rhynchospora sp (Cyperaceae); Trimezia juncifolia (Iridaceae); Lepidaploa barbata, Baccharis sp, Ichthyothere mollis (Asteraceae); Coccocypselum aureum, Borreria latifolia (Rubiaceae) e Waltheria sp (Malvaceae), sendo realizados testes com Chrome Azurol e Aluminon. Além da histoquímica foram realizadas a microanálise de raio-X e a determinação de Al na matéria seca. As espécies do estrato herbáceo-subarbustivo apresentaram estrutura semelhante, em vários aspectos a das espécies do estrato arbóreo do bioma Cerrado. As espécies Borreria latifolia e Coccocypselum aureum (Rubiaceae) foram consideradas hiperacumuladora e acumuladora de alumínio, respectivamente, junto com Aristida riparia (Poaceae) e Ichthyothere mollis (Asteraceae). As espécies herbáceas e subarbustivas estudadas, apesar de terem ciclo de vida curto, apresentam mecanismos de resitência ao Al semelhante às arbóreas. Segundo os testes histoquímicos para detecção de Al, os três grupos de plantas (hiperacumuladora, acumuladora e não acumuladora) apresentaram locais semelhantes de acúmulo ou inativação deste metal das espécies arbóreas, ou seja, as estratégias de imobilização do Al3+ independem do hábito vegetal.