Anatomia e perfil químico da salsaparrilha comercializada no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Soares, Marli Kasue Misaki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-25072013-163728/
Resumo: A atual Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos prevê investimentos em pesquisa e desenvolvimento para suprir a necessidade da indústria nacional em adquirir a matéria prima para a produção de novos fitoterápicos de maneira segura e controlada. As espécies do gênero Smilax, conhecidas popularmente como salsaparrilha, são empregadas na medicina popular como fortificante, antirreumático e antissifilítico e são vendidas em farmácias, casa de ervas e mercados públicos sem que exista um controle de qualidade de sua origem e eficácia. Além disso, a procedência do material é baseada principalmente no extrativismo. O controle de qualidade das drogas vegetais deveria ter uma base mais segura de identificação das drogas através da caracterização e definição de particularidades anatômicas e químicas. Este estudo teve como objetivo apresentar a quantidade, o valor, o modo de preparo, utilização e a procedência da salsaparrilha comercializada no Estado de São Paulo, bem como analisar a anatomia e o perfil químico de 44 amostras de salsaparrilha comercializada. Amostras de raiz foram submetidas às técnicas convencionais de microscopia de luz e eletrônica de varredura. Também foram realizados testes histoquímicos. Para determinar o perfil químico por Cromatografia em Camada delgada (CCD), foram realizados extratos etanólicos de amostras de raízes. O perfil químico do material comercializado foi comparado com o perfil das espécies de Smilax previamente identificadas (S. goyazana A. De Candolle, S. rufescens Grisebach, S. brasiliensis Sprengel, S. campestris Grisebach, S. cissoides Martius ex Grisebach, S. fluminensis Steudel, S. oblongifolia Pohl ex Grisebach e S. polyantha Grisebach). A quantidade média de salsaparrilha comercializada nas farmácias (400g) e nas casas de ervas (20Kg) é elevada se for considerado o fato de que as raízes não são procedentes de cultivo. Embora tenha sido observada grande semelhança entre a estrutura anatômica das amostras de salsaparrilha comercializadas e a estrutura já descrita na literatura para as espécies de Smilax, houve diferenças em relação à organização do floema, à presença de séries de idioblastos contendo ráfides na medula, à ausência de idioblastos fenólicos na medula e presença de metaxilema no centro da estrutura. O teste histoquímico confirmou a presença de amido em todas as amostras comerciais. As análises em CCD dos extratos etanólicos das amostras comerciais evidenciaram diversas manchas com tonalidades variando de amarelo a verde. Além disso, as manchas apresentaram componentes de mesmo Fator de retenção (Rf), indicando semelhança química entre as diversas amostras. No entanto, o padrão de distribuição de manchas, bem como o Rf das amostras comerciais diferiu daqueles obtidos para as oito espécies de Smilax, os quais foram muito similares entre si.