Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Cristiane Junqueira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27769
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Resumo: |
Para a avaliação do estado nutricional, o índice de massa corporal (IMC) é um dos parâmetros mais utilizados. No entanto, algumas limitações deste índice antropométrico para a predição de risco cardiometabólico têm sido discutidas, uma vez que esta medida não é capaz de discriminar entre massa gorda e massa magra e não avalia a distribuição destes componentes na composição corporal. O uso da absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA) possibilitou avançar no conceito de composição corporal e condições de saúde, uma vez que a partir de suas informações é possível estabelecer índices de composição corporal independentemente do estado nutricional estabelecido pelo IMC. Entre os índices de composição corporal estudados, destacam-se os índices de massa magra (IMM). O objetivo geral desta tese é avaliar o comportamento dos IMM e sua relação com o risco cardiometabólico em adultos. Para isso, os objetivos específicos se dividem em: obter valores de referência para os IMM, específicos para sexo e idade na amostra e compará- los com outras populações; investigar a associação entre os IMM e a síndrome metabólica (SM) e analisar a associação entre eles e os fenótipos metabólicos em adultos eutróficos e com excesso de peso. Trata-se de um estudo transversal e de base populacional com adultos de 20 a 59 anos de idade. O processo de amostragem foi por conglomerados, em duplo estágio, sendo os setores censitários as unidades de primeiro estágio e os domicílios as de segundo estágio. Após cálculo amostral, a amostra estimada foi de 697 adultos, sendo que participaram do primeiro e segundo artigos 689 adultos e do terceiro artigo 660 adultos. No primeiro artigo foram construídas curvas de percentis ajustadas por uma função polinomial de terceiro grau para IMM, índice de massa gorda, % de gordura e índices de carga e capacidade metabólica (ICCM), a partir de dados do DXA. O IMM peso e o IMM IMC apresentaram declínio desde a terceira década de vida em ambos os sexos, ao passo que o IMM altura não foi capaz de identificar perda de massa magra ao longo das idades estudadas. Já entre os americanos e chineses, a curva do percentil 50 do IMM altura apresentou declínio mais precoce. As curvas das estimativas de adiposidade e dos ICCM alcançaram o pico entre 40-49 anos e americanos e chineses mantiveram uma curva ascendente ao longo de toda a idade adulta. Para o segundo artigo, a regressão logística foi utilizada para estimar a associação entre cada IMM (IMM altura , IMM peso , IMM IMC ) e a SM. Os indivíduos mais idosos, obesos e com SM predominaram no terceiro tercil de IMM altura , ao passo que, ao se analisar o IMM peso e o IMM IMC esses indivíduos foram a maioria no primeiro tercil destes índices. Em homens e mulheres, o modelo de regressão logística ajustado revelou que o IMM peso (OR 0,06; IC 95%: 0,02-0,21 e OR 0,25, IC 95%: 0,10-0,61) e o IMM IMC (OR 0,14, IC 95% 0,05-0,37 e OR 0,31, IC 95% 0,13-0,76) associaram-se negativamente à SM. Por outro lado, o IMM altura associou-se positivamente à SM em ambos os sexos (OR 4,17, IC 95%: 1,80-9,66 e OR 5,35, IC 95%: 2,20-12,99, respectivamente em homens e mulheres). Por fim, no terceiro artigo, a regressão logística foi utilizada para estimar a associação entre cada IMM (IMM peso , IMM IMC ) e os fenótipos metabólicos em indivíduos eutróficos e com excesso de peso. Os indivíduos metabolicamente doentes eram mais velhos em ambos os sexos. Os homens metabolicamente doentes apresentaram os menores valores de IMM e o maior percentual de gordura em comparação com os metabolicamente saudáveis e os IMM associaram-se inversamente com o fenótipo metabolicamente doente naqueles com excesso de peso. Nos homens eutróficos, esta associação foi verificada apenas quando se utilizou o IMM peso Entre as mulheres, os IMM não apresentaram associação significativa com os fenótipos. O conjunto dos resultados contribui para a avaliação individual e coletiva do estado nutricional de adultos brasileiros no que se refere à massa muscular e sua associação com a saúde cardiometabólica. Palavras-chave: Composição Corporal. Síndrome Metabólica. DXA Scan. Músculo Esquelético. |