Distribuição segmentar da massa magra em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rocco, Carolina Chiusoli de Miranda [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2633566
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48390
Resumo: Introdução: A perda muscular periférica observada na DPOC está associada à pior prognóstico e à redução da sobrevida. Não está ainda elucidada a contribuição da massa magra dos membros superiores para a massa muscular total nestes pacientes. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar pela densitometria por absorção de duplo feixe de raios X (DXA) a distribuição da massa muscular nos membros superiores, membros inferiores e tronco de pacientes com DPOC e avaliar a força muscular específica dos membros superiores e inferiores. Métodos: Em um estudo transversal, 96 pacientes com DPOC e 85 idosos sem doença pulmonar do grupo controle, pareados pela idade e sexo, foram avaliados quanto à função pulmonar, composição corporal e força muscular periférica dos membros superiores (dinamometria) e inferiores (1 repetição máxima). Resultados: A idade média dos pacientes com DPOC foi de 66,8 (± 9,3) e do grupo controle de 64,2 (± 8,9) anos (p = 0,064), com IMC de 27,2 (± 5,1) e 29,4 (± 4,5) kg/m2, respectivamente (p = 0,002). Não houve diferença quantitativa de massa magra entre os grupos, em qualquer segmento corporal; no entanto o percentual de gordura foi maior no grupo controle, tanto nos membros superiores, membros inferiores e tronco (p < 0,05). O índice apendicular de massa magra (IAMM) (valores normais: ? 7,26 kg/m2 para homens e ? 5,45 kg/m2 para mulheres) foi menor nos homens com DPOC (7,8 kg/m2 ± 1,1) do que no grupo controle (8,4 kg/m2 ± 0,9) (p > 0,05); e foi menor nos pacientes com DPOC grave e muito grave em relação aos com a doença leve a moderada (7,5 vs 8,0 kg/m2 para homens e 6,1 vs 6,8 kg/m2 para mulheres, respectivamente). Houve correlação positiva moderada da massa magra dos membros superiores (r = 0,5) e membros inferiores (r = 0,6) com a força muscular. A força específica dos membros superiores (0,115 ± 0,003 kgf/g de músculo vs 0,134 ± 0,004 kgf/g de músculo) e dos membros inferiores (0,015 ± 0,001 kg/g de músculo vs 0,018 ± 0,001 kg/g de músculo) dos pacientes com DPOC foi menor que a do grupo controle (p < 0,001). Embora tenhamos identificado 26,8% dos homens e 12,5% das mulheres com baixa massa muscular no grupo DPOC, apenas 7 homens (12,5%) e 3 mulheres (7,5%) foram diagnosticados como sarcopênicos. Conclusão: O índice apendicular de massa magra identificado pela DXA está diminuído nos pacientes com DPOC e a perda da massa muscular aumenta na doença avançada. A força muscular específica está reduzida nos pacientes com DPOC.