Secagem de toras de eucalipto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Aylson Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6848
Resumo: A secagem da madeira de eucalipto é uma das fases mais importantes para a produção de carvão vegetal. Considerando a necessidade de pesquisas que subsidiem a elaboração de projetos de secadores para madeira em tora, desenvolveu-se este trabalho, estruturado em três capítulos. O Capítulo I teve como objetivo avaliar a influência das propriedades da madeira, do diâmetro e da casca na secagem natural de toras de Eucalyptus urophylla. Foram utilizadas toras com 1,5 m de comprimento, separadas em três classes de diâmetro: 8-12 cm; 12,1-16 cm e 16,1-20 cm. Avaliou-se em cada classe a porcentagem de casca, relação Cerne/Alburno (C/A), densidade básica da madeira, morfologia dos poros e permeabilidade da madeira, além de monitorar durante 175 dias a secagem de toras com e sem casca disposta em um galpão coberto. Concluiu-se que toras de menores diâmetros apresentam menor tempo de secagem natural em relação às toras de maiores diâmetros, a presença de casca influencia na secagem, aumentando o tempo de secagem e maiores proporções de madeira de alburno, devido sua permeabilidade, favorecem a saída de água do interior da madeira. O objetivo do Capítulo II foi avaliar a velocidade de secagem de toras de Eucalyptus urophylla a altas temperaturas e a influência da presença ou ausência de casca e do diâmetro da madeira na taxa de secagem. Os toretes com 60 cm de comprimento das três classes diamétricas foram submetidos à secagem em estufa com circulação forçada de ar, na presença ou ausência de casca em cinco temperaturas: 50, 75, 100, 125 e 150oC. O tempo de secagem e a perda de água foram acompanhados até os toretes atingirem umidade média de 20%, sendo então calculada a taxa de secagem, através da relação entre perda total de umidade e tempo em horas. Concluiu-se que o aumento da temperatura promove o aumento da taxa de secagem, sendo maior para as toras de menor diâmetro em relação às toras de maior diâmetro. Em temperaturas superiores a 100oC, o efeito da casca não foi significativo. As melhores condições de operação de secadores artificiais para a madeira em tora seria em temperaturas de 125oC, com toras com presença de casca separadas em classes diamétricas. No Capítulo III o objetivo deste trabalho foi avaliar o fluxo de ar entre toras de madeira de Eucalyptus urophylla, em diferentes condições de diâmetro, presença ou ausência de casca e diferentes velocidades do ventilador, buscando subsidiar projetos de secadores artificiais. Utilizou-se um equipamento denominado “Túnel de Vento” composto por um ventilador centrífugo e um tambor metálico. O tambor foi preenchido com toras de diferentes classes diamétricas (8-12 cm; 12,1-16 cm e 16,1-20 cm e Mistura), na presença ou ausência de casca e em seguida o ventilador era acionado em diferentes rotações do motor (900, 1200, 1500 e 1800 RPM), insuflando ar sobre as toras empilhadas. Determinou-se o volume ocupado pelas toras e o fluxo de ar entre as toras por meio de medições da velocidade de entrada e saída do ar utilizando um anemômetro, além de determinar a redução da velocidade do ar. Concluiu-se que os projetos de secadores devem contemplar ventiladores com rotações iguais ou acima de 1800 RPM, que a mistura toras de diferentes diâmetros apresenta maior volume ocupado e menor perda de velocidade do ar, mesmo efeito verificado pela presença de casca nas toras de Eucalyptus urophylla.