Processo infeccioso de Botrytis cinerea em folhas de eucalipto
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Etiologia; Epidemiologia; Controle Mestrado em Fitopatologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4432 |
Resumo: | O mofo cinzento (MC), causado por Botrytis cinerea, é uma importante doença que ocorre na produção de mudas de eucalipto. Assim, uma melhor compreensão da interação B. cinerea - eucalipto e as condições que favorecem o desenvolvimento do patógeno são a chave para a definição de estratégias eficazes para o controle da doença. Este trabalho objetivou estudar alguns aspectos do processo infeccioso de B. cinerea em folhas de eucalipto urograndis: avaliar a influência da face foliar (adaxial ou abaxial), idade da folha e luminosidade (claro ou escuro), no desenvolvimento de estruturas infectivas (tubo germinativo e apressórios) e severidade do mofo cinzento; elucidar o processo infeccioso: pré-penetração e penetração, colonização e reprodução de B. cinerea em folhas de eucalipto através de imagens de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Em todos os experimentos foram utilizadas folhas destacadas de eucalipto urograndis (clone CNB011) e suspensão de 10 5 conídios de B. cinerea/mL para inoculação. Os estudos para avaliar o efeito da face foliar inoculada, luminosidade e da idade da folha no desenvolvimento de estruturas infectivas do fungo foram realizados na superfície de fragmentos de folhas inoculadas, coletadas 6 horas após a inoculação (hai), clareadas com álcool e cloral hidratado e observadas sob um microscópio óptico. A severidade do MC foi avaliada 10 dias após a inoculação. Para análises de microscopia eletrônica de varredura, fragmentos de folhas foram coletadas com 2, 4, 6, 12, 24 e 48 hai. Houve efeito significativo da face foliar e da luz na a germinação de conídios. Maior porcentagem de germinação (92%) e severidade (21%) foram observadas na superfície adaxial de folhas incubadas no escuro. Embora a porcentagem de germinação de conídios sobre a superfície das folhas jovens e velhas não diferiu estatisticamente, a severidade da doença em folhas jovens foi 34 vezes superior quando comparada com as folhas velhas (17,3% e 0,5%, respectivamente). Foram observadas por microscopia eletrônica de varredura conídios germinando produzindo de 1 a 4 tubos germinativos, mas não foi observada a formação de apressórios. Os tubos germinativos penetraram diretamente na superfície de folhas intactas (nunca por estômatos). às 120 hai houve intensa colonização extra e intracelular do mesófilo por hifas do patógeno. O fungo reproduziu-se produzindo conidioforos do tipo macronematosos (na superfície foliar de ambas as faces) e micronematosos (na região subepidérmica). Embora o processo infeccioso de B. cinerea em diversos hospedeiros esteja bem descrito, este é o primeiro estudo envolvendo este patógeno e folhas de eucalipto. |