Hidratação enteral intracecal em equinos utilizando diferentes taxas de infusão
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Medicina Veterinária |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/30523 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.076 |
Resumo: | O papel do cavalo e sua inter-relação com o homem tem mudado ao longo do tempo. Com altas exigências impostas pelas diversas atividades desempenhadas, os cavalos estão mais predispostos aos fatores causadores de doenças. Diversas doenças dos equídeos podem cursar com desidratação, especialmente aquelas que acometam em qualquer nível o sistema digestório, como a síndrome cólica, enterites e diarreias. Apesar da ampla utilização das vias tradicionais de hidratação, existem situações nas quais elas não são indicadas. Nestes casos, a hidratação pela via intracecal surge como uma solução que permitiria a utilização das soluções eletrolíticas enterais até mesmo em cavalos onde as porções iniciais do trato gastrointestinal estejam comprometidas. Dessa forma, este estudo objetivou avaliar os efeitos de duas diferentes taxas de infusão de uma solução eletrolítica enteral neutra hipotônica, pela via intracecal, sobre os parâmetros físicos e laboratoriais de equinos hígidos, submetidos à desidratação leve. Sete cavalos foram submetidos à cirurgia e, destes, seis receberam hidratação intracecal em um delineamento Cross Over 6x2. A videolaparotomia foi realizada adaptando a técnica de Hasson. Dois portais foram confeccionados no flanco direito para acesso à cavidade abdominal. No primeiro portal foi inserido um trocarte de 10mm para passagem do endoscópio rígido. No segundo portal foi inserida uma pinça Foerster. Após localizado, o ceco foi tracionado através do portal cranial e seguro nas posições 6 e 12 horas por duas pinças Allis. Suturas de ancoragem foram confeccionas. Procedeu-se a punço incisão do ceco para colocação da sonda de Foley. Uma sutura em bolsa de fumo foi confeccionada ao redor da sonda. Os portais de acesso à cavidade abdominal foram fechados. Os tratamentos consistiram de uma solução eletrolítica enteral neutra hipotônica. A solução foi administrada pela via intracecal em duas diferentes taxas de infusão, 10 mL kg-1 h-1 e 15 mL kg-1 h-1, em fluxo contínuo durante 12 horas. Todos os animais foram submetidos ao jejum hídrico e alimentar de 24 horas antes do início da hidratação. A avaliação clínica, exame físico e exames laboratoriais, foi realizada nos tempos: T-24h, T0h, T4h, T8h, T12h e T24h, com base no início da hidratação. A técnica cirúrgica descrita foi adequada e segura para manipulação e canulação do ceco. Esta técnica pode ser realizada mais rapidamente do que uma laparotomia tradicional e é relativamente mais segura.Além disso, permite utilização imediata da cânula para hidratação intracecal, além da manutenção da sonda por longos períodos. A administração da solução eletrolítica enteral não provocou alterações prejudiciais à saúde dos cavalos. Ambas taxas de infusão foram seguras e bem toleradas. A modalidade de hidratação foi eficiente em restabelecer o grau de hidratação e volemia, sem causar desequilíbrios hidroeletrolíticos. Palavras-chave: Fluidoterapia. Fluxo Contínuo. Canulação Cecal. Videocirurgia |