Plasma rico em plaquetas no tratamento de tendinite em eqüinos: avaliação clínica, ultrasonográfica e histopatológica
Ano de defesa: | 2008 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4958 |
Resumo: | O plasma rico em plaquetas (PRP) é uma fonte autógena e econômica de diversos fatores de crescimento, com grande potencial terapêutico. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito PRP no tratamento da tendinite induzida no tendão do músculo flexor digital superficial (TFDS) de eqüinos mediante avaliação clínica, ultra-sonográfica e histopatológica. Para isso foram utilizados seis eqüinos hígidos machos castrados, com idade entre oito e 15 anos ( x = 12 anos). A tendinite do TFDS foi provocada em ambos os membros torácicos, mediante a administração intratendínea de 2,5 mg de colagenase (2,5 mg.mL-1), sendo esse procedimento considerado o início da fase experimental. Doze dias após a indução da tendinite, os animais foram submetidos a dois tratamentos: sendo que na lesão efetuada no TFDS direito (grupo tratado GT), foi administrado 2,5 mL de PRP ativado com cloreto de cálcio a 0,0125 mol.L-1, contendo concentrações variando de 320.000 a 500.000 plaquetas.µL-1; na tendinite do TFDS esquerdo (grupo controle - GC), foi administrado 2,5 mL de solução salina (NaCl 0,9%). Após três dias de iniciado o tratamento, os animais foram submetidos à atividade física controlada e progressiva durante 32 dias. Nos primeiros trinta dias após indução da tendinite, os eqüinos foram submetidos a exame físico diário e, posteriormente, foram monitorados clinicamente duas vezes por semana até o término do experimento. Exames ultra-sonográficos foram realizados antes e após indução da tendinite (48 horas após e no 7o, 12o, 14o, 21o, 28o, 35o, 42o dia do experimento), sendo avaliado a área transversal do tendão (ATT), área transversal da lesão (ATL), o percentual da ATL, a intensidade e ecogenicidade da lesão, assim como o paralelismo das fibras colágenas. No 48o dia foi realizada biópsia do local da lesão para exame histopatológico. A avaliação clínica realizada após tratamento (12º dia ao 45º dia) revelou, em função do tempo, redução (P<0,05) da intensidade do edema, da dor à palpação, do aumento de temperatura local, bem como o grau de claudicação. Entretanto, diferenças (P<0,05) entre grupos somente foram observadas para o edema e para a dor à palpação, com menor intensidade no GT. Na avaliação ultra-sonográfica observou-se redução (P<0,05) da ATL e da ecogenicidade da lesão em função do tempo, mas com diferença (P<0,05) entre grupos apenas para ATL, onde os valores médios foram menores no GT. A análise histopatológica revelou, em ambos os grupos, atividade fibroblástica, neovascularização, infiltrado linfoplasmocitário, focos hemorrágicos e desorganização tecidual. No GT o TFDS apresentou-se mais (P<0,05) organizado, com fibras colágenas e fibroblastos melhor dispostos na matriz tendínea. Adicionalmente, a análise qualitativa demonstrou menor (P<0,05) atividade fibroblástica no GT, que não (P>0,05) foi confirmada na morfometria (análise quantitativa). As principais conclusões do estudo foram que o PRP propicia menor intensidade de variáveis clínicas (edema e dor à palpação), o que proporciona maior conforto e bem estar para o animal, assim como promove maior redução da área da lesão e melhor organização tecidual. |