Propagação vegetativa e cultivo in vitro de Bixa orellana L. e Ginkgo biloba L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Mantovani, Nilton César
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática
Doutorado em Botânica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/383
Resumo: Bixa orellana L. e Ginkgo biloba L. são espécies lenhosas que sintetizam compostos medicinais exclusivos e de relevante importância econômica. Esta pesquisa teve como objetivos: (1) avaliar e selecionar genótipos de B. orellana com altos teores de bixina nas sementes; (2) resgatar vegetativamente genótipos de B. orellana, visando à produção de explantes para o cultivo in vitro; (3) estabelecer um sistema de propagação in vitro de B. orellana, a partir de brotos axilares em segmentos nodais de plantas adultas, e de brotos adventícios em explantes juvenis; (4) induzir a formação de calos em explantes foliares de G. biloba e avaliar a produção de metabólitos secundários in vitro e, (5) estabelecer um sistema de propagação in vitro de G. biloba, a partir de brotos axilares em segmentos nodais de plantas adultas. Genótipos de B. orellana, com alto teor de bixina, foram resgatados por alporquia e propagados in vitro a partir da indução de brotos axilares em segmentos nodais. Os explantes foram desinfestados com soluções de hipoclorito de sódio (10 minutos a 1,25%) e PPMTM (20 minutos a 20%), e cultivados em meio MS. Nestas condições foram eliminados os contaminantes fúngicos, porém, em concentrações mais altas, as soluções desinfestantes provocaram necrose e morte dos explantes. A adição de PPMTM 1%, Timentin® 600 mg.L-1 e Agrimicina® 300 mg.L-1 ao meio de cultura, controlou parcialmente o desenvolvimento de bactérias nos explantes. O desenvolvimento de brotos axilares ocorreu em 28% dos segmentos nodais. Brotos adventícios foram induzidos em discos cotiledonares, segmentos hipocotiledonares e radiculares, cultivados nos meios MS e WPM, com 4,56 µM de ZEA. Identificou-se um gradiente de potencial morfogênico, que cresce do ápice em direção à base, em hipocótilos e raízes. Altas freqüências de regeneração de brotos foram induzidas em segmentos hipocotiledonares, cultivados em meio WPM, com 4,56 µM de TDZ (85%) e com 4,56 µM de ZEA (80%). O AIB a 4,9 µM induziu maior freqüência de brotos enraizados (25%) e número de raízes (2). Plantas completas produzidas in vitro foram transferidas para substrato e aclimatizadas com sucesso em casa de vegetação. As análises histológicas comprovaram a origem adventícia dos brotos, a partir da organização de centros meristemáticos em células corticais de segmentos de hipocótilo, caracterizando a organogênese direta em B. orellana. Em G. biloba, a calogênese em explantes foliares, é dependente de uma fonte exógena de auxina. Altas freqüências calogênicas foram induzidas em discos foliares, cultivados no meio MS, com ANA 4,4 µM combinada com BAP a 0,4 µM (100%) ou 4,4 µM (92%). A máxima produção de massa fresca de calos foi obtida com o carboidrato sacarose (394,57 mg) e o subcultivo na ausência de luz (678,3 mg). O BAP alterou o padrão dos calos primários, branco amarelados e friáveis, para verdes e compactos, quando utilizado por três subcultivos. As lactonas terpênicas ginkgolídeos A e B, e os glicosídeos flavonóides quercetina, camferol e rutina, não foram detectados nos calos ou folhas de G. biloba, através dos métodos de TLC e HPLC. A propagação in vitro de G. biloba foi obtida a partir da indução e multiplicação de brotos axilares em segmentos nodais, excisados de ramos herbáceos de plantas matrizes adultas cultivadas em casa de vegetação. A caseína hidrolisada (500 mg.L-1), no meio MS, foi essencial para a indução de altas taxas de emissão de brotos axilares nos segmentos nodais (85%), de multiplicação (66,6%), e de formação de múltiplos brotos nos explantes. A cinetina e o carvão ativado apresentaram efeitos inibitórios neste processo.