Anatomia foliar, ontogenia e histoquímica das estruturas secretoras em órgãos vegetativos de Bixa orellana L. (Bixaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Freitas, Patrícia França de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática
Mestrado em Botânica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2525
Resumo: Bixa orellana L., conhecida como colorau ou urucum, é nativa da América do Sul e se destaca pela importância econômica, principalmente na indústria alimentícia, como fornecedora de um corante natural avermelhado retirado do tegumento das sementes. Este trabalho teve como objetivos caracterizar a anatomia da folha de B. orellana, o desenvolvimento das estruturas secretoras e análise histoquímica da secreção. Porções de ápices de parte aérea, folhas, caules e raízes, em diferentes fases de desenvolvimento, foram fixadas em glutaraldeído 2,5% ou FAA50, estocadas em etanol 70% e incluídas em metacrilato, seguindo o processamento usual para microscopia de luz. A diafanização foi conduzida para o estudo da venação. Para a análise histoquímica, material fresco foi seccionado em micrótomo de mesa e submetido a diversos corantes e reagentes. Para a caracterização micromorfológica, o material foi submetido às técnicas usuais para microscopia eletrônica de varredura. A análise anatômica da folha indica que B. orellana segue os padrões anatômicos gerais já relatados para Bixaceae, mas apresenta detalhadamente a distribuição de estruturas secretoras. Tricomas peltados são abundantes nos ápices caulinares, mas se tornam senescentes e esparsos em órgãos em expansão. A ontogenia dos tricomas peltados segue o padrão encontrado em tricomas secretores, mas a secreção (terpenos e flavonóides) fica acumulada nas células da cabeça, sem a formação de um espaço subcuticular típico. Estruturas secretoras de bixina ocorrem em todos os órgãos vegetativos e têm origem e desenvolvimento pluricelulares. Há incorporação gradativa de células que têm paredes comuns degradadas, formando uma estrutura pluricelular delimitada pelas paredes externas remanescentes, que progride com a formação de um espaço central, degradação de núcleos e acúmulo de secreção lipídica. Os canais, que secretam mucilagem e ocorrem apenas na parte aérea, têm desenvolvimento lisígeno. Células taníferas ocorrem associadas ao tecido vascular em todos os órgãos vegetativos. Análises ultra-estruturais são necessárias para o esclarecimento de questões relacionadas ao desenvolvimento das estruturas secretoras de B. orellana, como a confirmação da origem e desenvolvimento pluricelular das estruturas secretoras de bixina, o processo de síntese da bixina e a compartimentalização da secreção nos tricomas peltados.