Redes sociais e administração dos domínios da vida: um estudo de caso com detentoras da guarda dos filhos
Ano de defesa: | 2011 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Economia familiar; Estudo da família; Teoria econômica e Educação do consumidor Mestrado em Economia Doméstica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3347 |
Resumo: | Focalizar a família como objeto de análise implica reconhecer que ela não é um sistema fechado, mas sim uma unidade com relações intra e interfamiliares, que são importantes para sua manutenção e continuidade. Dessa maneira, é de fundamental importância enfatizar as redes sociais de apoio à família, principalmente quando se enfoca a família monoparental, que não tem mais um dos cônjuges para a divisão das tarefas domésticas, para os cuidados e responsabilidades com os filhos e, muitas vezes, conta com recursos financeiros limitados para o sustento familiar e reorganização do seu cotidiano. Diante desse contexto, o problema da pesquisa consistiu em estudar o impacto da separação ou divórcio na administração dos diferentes domínios da vida, bem como analisar as redes sociais dos detentores da guarda dos filhos residentes em Viçosa/MG em face da nova realidade do grupo familiar. Os domínios da vida analisados foram: trabalho remunerado, renda familiar, educação pessoal, trabalho doméstico, educação dos filhos, cuidado com os filhos, saúde, lazer e vida espiritual. Nesse sentido, objetivou-se investigar as alterações na administração dos domínios da vida pelos detentores da guarda dos filhos em face da dissolução da sociedade conjugal, assim como o processo de construção e, ou, consolidação das redes sociais. O estudo, de natureza exploratório-descritiva, teve como população homens e mulheres residentes no município de Viçosa/Minas Gerais, detentores da guarda unilateral dos filhos, que passaram pelo processo de separação ou divórcio, iniciado no período de 2006 a 2008 e finalizado no ano de 2008. A amostra foi intencional, visto que sua seleção foi baseada na natureza das metas de pesquisa, foi obtida aleatoriamente por meio do contato direto com os sujeitos e contou 18 detentoras da guarda dos filhos. Para os dados quantitativos obtidos por meio da entrevista, foi utilizada a análise univariada e, no que se refere ao tratamento qualitativo das informações, foi feita a análise de conteúdo. A separação ou divórcio foi um fator motivador da construção ou consolidação da maioria das redes sociais. O enfraquecimento das redes se deu, principalmente, para o domínio renda familiar. As redes foram constituídas, em sua maioria, por membros da família, como o ex-cônjuge, filhos, pais, irmãos, avós, primos, tias, sogra, entre outros, tendo expressiva representatividade da mãe e do ex-cônjuge. As redes formais possuem papel relevante quando as redes informais não estão disponíveis e, ou, quando a renda familiar o permite. O apoio recebido pelas redes sociais foi caracterizado pelo cuidado e educação dos filhos, apoio na execução das tarefas domésticas, provisão de recursos, companhia e diálogo, além de conselhos. Na administração dos diferentes domínios da vida da nova família, destacaram-se a reestruturação do tempo, o estabelecimento de novas demandas e prioridades e o amadurecimento do indivíduo, além do papel imprescindível das redes sociais em cada uma das esferas da vida. Dessa maneira, toda e qualquer mudança na estrutura da família produz um remanejamento de funções, modificação nos papéis desempenhados e adaptação ao novo cotidiano familiar e, com isso, novos modos de se relacionar e de administrar a vida. |