Efeitos dos processos de preservação sobre os fungos Arthrobotrys robusta e Monacrosporium thaumasium predadores de nematóides

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Mota, Marcelo de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11325
Resumo: O controle biológico de helmintos parasitos de bovinos é uma forma alternativa ao uso dos fármacos e tem como principal objetivo a redução do número de larvas infectantes disponíveis na pastagem. Os fungos nematófagos produzem estruturas em forma de armadilha, responsáveis pela captura e morte dos estágios pré-parasitários dos nematóides. A manutenção contínua da atividade predatória dos isolados fúngicos é um dos pré-requisitos básicos para o sucesso desta forma de controle. Neste trabalho foi verificado o comportamento dos isolados I31 de Arthrobotrys robusta e NF34a de Monacrosporium thaumasium, submetidos a manutenção em temperatura de 4 o C, criopreservados com e sem adição de DMSO e glicerol e mantidos em sílica-gel. Os resultados demonstraram que os isolados NF34a e I31 não apresentaram variação no crescimento radial, quando armazenados em temperatura de 4 o C e congelados com ou sem adição de crioprotetores. Não houve diferença na produção massal de micélio seco dos isolados quando armazenados a temperatura de 4 o C e congelados com adição de crioprotetores. O armazenamento em sílica-gel e o congelamento sem crioproteção pareceram interferir negativamente na capacidade dos fungos em produzir massa micelial. O armazenamento de NF34a em temperatura de 4 o C e o congelamento com adição de DMSO foram os tratamentos em que se obteve maior redução das larvas infectantes in vitro. Não foi verificada diferença na capacidade predatória in vitro do isolado I31 quando mantido em temperatura de 4 o C ou quando congelado com adição de DMSO ou glicerol. A manutenção dos isolados em sílica-gel e o congelamento sem crioproteção interferiram negativamente na capacidade predatória, porém estes ainda foram capazes de reduzir a população de larvas infectantes em relação ao grupo controle. No teste de passagem dos isolados pelo trato gastrintestinal de bovinos, a administração de 20 g de micélio aos animais foi suficiente para recuperação de material fúngico nas fezes e pico de redução no número de larvas infectantes nas fezes após 24 horas da administração das amostras. O isolado NF34a foi responsável pelos maiores índices de redução das populações de larvas de helmintos após a passagem pelo trato gastrintestinal dos animais e o armazenamento em 4 o C foi o tratamento em que se observou maior taxa de redução. A criopreservação parece ser um método eficiente para manutenção dos isolados, porém neste trabalho foi evidenciada diminuição da capacidade predatória do isolado NF34a. A manutenção dos isolado em sílica-gel deve ser utilizado para manutenção das amostras por períodos prolongados, quando não houver disponibilidade de nitrogênio líquido.